Na era dos medicamentos sintéticos, os fitoterápicos estiveram discriminados. No final do século XX a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a estimular o uso de fitoterápicos como uma alternativa, em especial às populações carentes. A intensidade de uso de plantas medicinais pode estar condicionada a fatores sócio regionais no Brasil. Este estudo caracteriza a utilização de plantas medicinais por professores em Mato Grosso (MT), Brasil, no início do século XXI. O trabalho realizou-se com professores de escolas Estaduais e Municipais. Estes professores (796), no período do estudo (2000-2001), eram licenciandos da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). A pergunta básica efetuada, em formulário, foi: Usas plantas medicinais? As opções foram: não, raramente, normalmente e frequentemente. Dados característicos dos docentes foram coletados para verificação de influências. Constatou-se que 63,8% dos professores usavam plantas medicinais com intensidade normal ou frequente e; a naturalidade dos docentes indicou uso diferenciado; no meio rural, todos as utilizavam, mas no meio urbano alguns não (5,4%). Em conclusão, aproximadamente dois em cada três professores utilizavam plantas medicinais, e a intensidade de uso esteve influenciada significativamente (p<0,05), pelo ambiente residencial (rural ou urbano) e por variáveis socioculturais, como a naturalidade dos professores.