“…A frequência de tais acidentes é bem elevada, por exemplo, em 2013, ocorreram 27.181 e 78.091 casos de envenenamentos causados por serpentes e escorpiões, respectivamente(WEN et al, 2015), os quais foram acompanhados de centenas de mortes. Em 2017, somente dos casos de escorpionismo foram registrados 124.077, representando uma incidência de 59,7 casos / 100,000 habitantes(MONTEIRO et al, 2019), demonstrando que os números de casos têm aumentado a cada ano.Sobre os tipos de acidentes por animais peçonhentos ocorridos no Estado do Pará, notificados no Centro de Informações Toxicológicas CIT-Belém, em um levantamento feito no período de 30 de março de 1998 a 30 de março de 2000, estes foram devidos, sobretudo, a serpentes (44,4%), escorpiões (20,5%) e centopeias (16,8%), esses últimos com um total de 76 casos(BARROSO et al, 2001). A maioria dos casos teria ocorrido na residência ou áreas peridomiciliares dos pacientes, o que chama à atenção para a questão da conservação e limpeza destas áreas.…”