“…Ao invés disso, começam a surgir expressões que descrevem mais pontualmente as práticas, como jornalismo imersivo de realidade virtual (COSTA, 2019); vídeos em 360 graus (VIEIRA et al, 2017;FLORES, 2019) Na impossibilidade de encaixar os exemplos à propositura hegemônica do que se convencionou chamar jornalismo imersivo, os pesquisadores começaram a fazer um caminho oposto: primeiro observar a materialidade para depois nomeá-la. Daí o surgimento de estudos muito mais voltados à aplicação de vídeos em 360 graus, de modo que não se deve confundir produções feitas em Realidade Virtual (RV) com vídeos em 360 graus 5 , um alerta já feito por outros pesquisadores da área (MELLO SILVA; HIGUCHI YANAZE, 2019;GUTIÉRREZ-CANEDA et al, 2020). Em frestas conceituais tão abertas e proposituras tão generalistas, não são raros os casos em que materiais feitos em 360º são classificados como filmes feitos em realidade virtual 6 -essa é uma responsabilidade não apenas atribuída aos acadêmicos como também aos jornalistas, que escolhem os termos mais chamativos e publicitários para anunciar novidades relacionadas à tecnologia.…”