“…levando ao reconhecimento da certificação por auditoria como a única forma de dar garantia à qualidade orgânica ao consumidor(IFOAM, 201;MOURA, 2017).No Brasil, os sistemas de produção orgânica efetivamente passam a ocorrer a partir de 1992. Nesse momento, os movimentos sociais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e organizações de agricultores familiares começaram também a pautar a agricultura orgânica como um modelo de produção viável e alternativo aos implantados a partir da Revolução Verde.Porém, apenas na década seguinte é aprovado o marco legal da agricultura orgânica brasileira, com a Lei nº 10.831 de 2003, que trata da agricultura orgânica em âmbito nacional abarcando as mais diversas propostas de sistemas alternativos de prática da agricultura, como o ecológico, biodinâmico, natural, regenerativo, biológico, agroecológico, permacultura e outros(BRITO et al, 2022;MAZZOLENI, NOGUEIRA, 2006).No mesmo contexto a agroecologia brasileira é pautada nos debates passando a ter entre suas diretrizes, o desenvolvimento rural sustentável e solidário, observado na Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) e no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) que passou a ter linhas especiais de crédito para a agroecologia e a produção orgânica. Também está relacionada a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) e suas versões e estruturas em parte das unidades da federação, assim como, a Instrução Normativa, 13 de 2015 do MAPA que estabelece a estrutura, composição e atribuições da Subcomissão Temática de Produção Orgânica (STPOrg) e das Comissões da Produção Orgânica nas Unidades da Federação (CPOrg-UF)(SANTOS et al, 2012;SAMBUICHI et al, 2017).Ainda são destaques outros fóruns importantes que contribuíram para a construção e debates sobre a agricultura orgânica como Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (COMDRAF), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e o Fórum Permanente de Agroecologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), além de inúmeros movimentos e organizações que fomentam e agroecologia e a agricultura orgânica (CANAVESI; MOURA; SOUZA, 2016; MOURA, 2017;…”