Perfil de pacientes pediátricos com doenças inflamatórias intestinais, atendidos em ambulatório de referência na cidade de salvador.

Abstract

<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6pt; text-align: justify;">Introdução: as doenças inflamatórias intestinais são doenças heterogêneas, decorrentes de um processo inflamatório crônico e que seiniciam na faixa etária pediátrica em torno de 25% dos casos. As crianças, em geral, apresentam quadros iniciais mais graves e extensosda doença e importante comprometimento nutricional. Nas últimas décadas, estudos epidemiológicos evidenciaram um aumento daincidência dessas patologias. Objetivo: avaliar uma série de casos de crianças e adolescentes com doenças inflamatórias intestinais,atendidas em um ambulatório especializado no Estado da Bahia, no ano de 2012. Metodologia: os pacientes foram selecionadosatravés de busca ativa dos prontuários, com os seguintes critérios de inclusão: acompanhamento regular no serviço, diagnosticadosno período de janeiro de 2006 a dezembro de 2012, com critérios clínicos, radiológicos, endoscópicos e/ou histopatológicos quecomprovassem o diagnóstico de doença inflamatória intestinal. Resultados: foram selecionados 30 pacientes e houve predominânciado diagnóstico de RCU, quando comparada à DC (60% e 40%, respectivamente). Os sintomas tiveram início antes dos 10 anos deidade em 70% dos pacientes. O período entre o início dos sintomas das DII e o diagnóstico foi superior a 1 ano em 46,6% dos casos. Arelação peso para idade foi abaixo do percentil 3 em 60% dos pacientes ao diagnóstico. Conclusão: é necessária uma maior divulgaçãode protocolos diagnósticos com o objetivo de ampliar o conhecimento dos pediatras acerca das doenças inflamatórias intestinais, afim de que o diagnóstico seja mais precoce e o encaminhamento feito de modo adequado para os serviços de referência.</p>

Perfil da Doença Inflamatória Intestinal em serviço de referência em gastropediatria no nordeste brasileiro

“…Dados acerca dos fenótipos diagnosticados, tempo do início dos sintomas até o diagnóstico, os principais sintomas para cada fenótipo na primeira consulta, as manifestações extraintestinais, as comorbidades associadas, o estado nutricional pelo Índice de Massa Corporal (IMC) na primeira consulta, as avaliações pelos exames endoscópicos e histopatológicos e a extensão da RCU pela Classificação de Paris e as medidas terapêuticas farmacológicas empregadas encontram-se no Quadro 1, a seguir. particularidades na prática clínica, heterogeneidade nos métodos da coleta de dados, alto índice de pacientes desprovidos de recursos socioeconômicos, baixo acesso aos serviços e aos exames de alta complexidade (Lima et al, 2013;Duricova et al, 2014).…”

“…De modo geral, em relação as queixas principais, os resultados do presente trabalho e dos disponíveis na literatura (Figueirêdo et al, 2004;Lima et al, 2013) convergem para o assinalado por Plevinsky e Greenley (2020) em que populações de DIIP podem manifestar sobretudo diarreia com sangue e dor abdominal.…”

“…Elevadas prevalências para MEIs foram encontradas por Figueirêdo et al (2004) e Lima et al (2013), inclusive a artralgia, a única aqui observada, sendo esta a MEI mais comum na DII e associada à atividade de doença na RCU (Nir et al, 2017;Lee, 2019;Kuipers, 2019), além de notada em 41,3% dos pacientes por Figuerêdo et al (2004) 2014). E embora pacientes HAI/DIIP tendenciem à menor responsividade terapêutica, piores desfechos com elevados óbitos e transplantes hepáticos em relação àqueles sem lesão hepática (Bailey et al, 2014), o paciente com HAI/CI deste trabalho tem evoluído com remissão clínica e laboratorial em tratamento com Azatioprina associada a corticoide.…”

“…Trata-se de uma série de casos (Marcilio, 1995;Figueirêdo et al, 2004;Lima et al, 2013;Murad et al, 2018) realizado no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos (HIJM), em São Luís -MA, de abril a novembro de 2020, perfazendo uma amostra de 22 pacientes. Foram incluídos pacientes portadores de DII atendidos regularmente nesse serviço, sendo os não incluídos os regulares cujos prontuários apresentassem dados incompletos (sem critérios clínicos, laboratoriais, endoscópicos e/ou histopatológicos que corroborem para o diagnóstico de DII).…”

“…A Doença Inflamatória Intestinal Pediátrica (DIIP) é uma condição inflamatória crônica, redicivante, com remissões e exacerbações, de significativa morbidade, considerada um problema de saúde pública e que acomete indivíduos de ambos os sexos (Ashton et al, 2018), sendo representada por três fenótipos: Retocolite Ulcerativa (RCU), Doença de Crohn (DC) e Colites Indeterminadas (CI). A RCU e a DC são diferenciadas por suas características clínicas, endoscópicas e histológicas; ao passo que quando tais critérios não são completamente consistentes, a doença é classificada como CI (YKL, 2011;Lima et al, 2013).…”