A sinusite se caracteriza pela inflamação dos seios paranasais, cavidades revestidas por mucosa secretora de muco e coberta de cílios, localizados no crânio, suscetíveis a inflamações na presença de alterações alérgicas, anatômicas e ambientais. Pode ser aguda ou crônica, ambas com a mesma sintomatologia. Embora seja uma doença de manejo relativamente fácil, existem casos de internação por tal patologia e seu estudo epidemiológico é pouco frequente. O objetivo deste trabalho foi estudar a morbimortalidade hospitalar por sinusite crônica no Brasil de 2016 a 2020. Foi realizado estudo epidemiológico de série temporal, abordando as internações e óbitos por internações no Brasil, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), que foram tabulados em Excel e analisados estatisticamente no programa Bioestat 5.3, cujos resultados foram apresentados em gráficos, tabelas e expressos em números absolutos, frequências e estatística descritiva (média, desvio padrão e coeficiente de variação). Os resultados encontrados demonstraram que ocorreram 12.897 internações por sinusite crônica no período em estudo, com tendência crescente até 2019 e queda em 2020. As regiões com maior frequência foram a Sudeste e Sul, a faixa etária foi de 50 a 59 anos e a raça branca. O custo total foi de r$8.841.668,77, com 39 óbitos hospitalares. Diante de uma doença com muitas possibilidades de tratamento, é preocupante a presença de óbitos em pacientes internados. Presume-se portanto, que devem ocorrer melhorias no atendimento, ainda na Atenção Básica, com melhorias no tratamento, evitando a cronificação, bem como o desdobramento em internações e subsequentes óbitos.