Percepções e vivências da equipe de enfermagem frente ao paciente pediátrico em cuidados paliativos / Perceptions and experiences of the nursing team before the pediatric patient in palliative care

Abstract

Introdução: a proposta dos Cuidados Paliativos é implementada para pacientes em situações de vulnerabilidade ante uma doença grave, limitante e que pode, inevitavelmente, se encaminhar para a terminalidade. Objetivo: conhecer as percepções e vivências dos profissionais de enfermagem frente ao cuidado à criança em cuidados paliativos em unidades pediátricas. Metodologia: estudo qualitativo, exploratório e descritivo, realizado em unidades pediátricas de um hospital universitário de grande porte do Sul do Brasil. Os dados foram obtidos mediante entrevistas semiestruturadas com nove participantes, enfermeiros e técnicos de enfermagem, submetidas à análise de conteúdo temática. Resultados: a partir da análise temática emergiram quatro temas: Criança em cuidados paliativos: olhar da enfermagem; Cuidado centrado na família; Vivências, sentimentos e percepções da equipe de enfermagem; e Enfrentamento da equipe de enfermagem: desafios para o cuidado. O estabelecimento dos princípios de cuidados paliativos pediátricos é fundamental para subsidiar o cuidado qualificado. Os profissionais de enfermagem revelam a necessidade de serem incluídos nas reuniões multidisciplinares realizadas para decidir condutas em relação ao paciente e sentem necessidade de apoio psicológico. Considerações finais: desvela-se a compreensão de que a filosofia de Cuidados Paliativos precisaser ampliada para uma rede integrada de atenção e respeito às decisões para o final da vida.

Assistência de Enfermagem à criança com câncer em cuidados paliativos

“…Seu art. 3º inclui, em seus objetivos 22 , a oferta de disciplinas e conteúdos programáticos no ensino de graduação e especialização dos profissionais de saúde; educação permanente para os trabalhadores da saúde no SUS; e atenção à saúde humanizada, baseada em evidências, com acesso equitativo e custo efetivo, A6,A19,A25 abrangendo toda a linha de cuidado e todos os níveis de atenção.…”

“…Outrossim, a comunicação de notícias difíceis A4,A11 efetivada de forma deficiente e excludente, além de comprometer a relação interpessoal, constitui um desafio para profissionais, familiares e até mesmo para as crianças. 22 Na esfera do conhecimento, um estudo com trabalhadores de Enfermagem registrou uma compreensão limitada quanto à filosofia dos cuidados paliativos, restringindo-a à implementação de condutas padronizadas de cuidados de final da vida, A8,A19,A29 que incluem a decisão de não se cumprirem reanimação cardíaca, suspensão terapêutica de oxigenoterapia e fármacos, além da assistência analgésica. 21 De forma similar, outro estudo identificou uma compreensão equivocada dos cuidados paliativos, associando-os ao modelo curativo, o que justifica a predominância de condutas profissionais e familiares norteadas por paradigmas socialmente aceitos.…”

Vivências de familiares diante da finitude da criança no processo de adoção de cuidados paliativos

“…A doença na criança, principalmente a doença grave e incapacitante, é potencialmente indutora de ruptura nestas expectativas. O olhar fenomenológico possibilita compreender que, diante da facticidade existencial da doença, questionamentos filosófico-existenciais afloram no viver da família e permeiam esse processo singular de sofrimento humano, suscitando inquietações difíceis de enfrentar (1,(3)(4)(5) .…”

Contribuições e dificuldades da equipe de enfermagem na implementação de cuidados paliativos ao paciente oncológico

“…Os autores consideram que as diretrizes da European Oncology Nursing Society (EONS) e o guia de bolso associado são recursos inestimáveis para a enfermagem, e a adoção mais ampla dos princípios descritos nas diretrizes deve levar a uma melhoria no cuidado dos pacientes com esse estado de dor frequentemente difícil de tratar. Desvelando também sobre o papel dos enfermeiros nos cuidados paliativos,Sugimura et al (2017) afirmaram que essa prática é importante para apoiar também pacientes com dispneia, e os enfermeiros devem possuir o conhecimento e as habilidades necessárias para prestar esse cuidado de forma adequada Schneider et al (2020). revelaram em seu estudo, em relação ao preparo da equipe para o cuidado à criança em cuidados paliativos, o despreparo em geral.…”

“…Os profissionais descrevem a vontade de manter o paciente vivo. Essas dificuldades relacionam-se diretamente à perspectiva de morte da criança, principalmente daqueles pacientes com os quais o profissional se envolveu mais Schneider et al (2020). afirmam que é necessário encontrar mecanismos de enfrentamento que possibilitem a manutenção de serenidade para assistir bem a criança e sua família nos momentos finais.…”