Assistência de Enfermagem à criança com câncer em cuidados paliativos

Abstract

Objetivo: mapear a produção científica, disseminada em bases de dados eletrônicas, acerca da assistência de Enfermagem à criança com câncer em cuidados paliativos. Métodos: revisão do tipo Scoping Review, fundamentada na metodologia recomendada pelo Instituto Joanna Briggs. As buscas das publicações foram realizadas em seis bibliotecas e/ou bases de dados, no período de 2010 a 2020. Resultados: foram incluídos 34 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. A maior parte dos estudos foi publicada em 2014, no idioma inglês, sendo o Brasil o país que obteve destaque. As temáticas de maior prevalência apontadas pelos estudos se referiam às estratégias de atenção (principalmente relacionadas ao alívio do sofrimento e comunicação terapêutica); e dificuldades vivenciadas por profissionais de Enfermagem diante de um cuidado complexo (envolvendo o desgaste emocional e a falta de preparo em lidar com a terminalidade). Conclusão: as evidências dos estudos destacam a relevância dos cuidados paliativos, na promoção da qualidade de vida de crianças com câncer e nos desafios que precisam ser superados, para que ocorra sua aplicação na prática. Assim, para efetivar o cuidado, que vem sendo realizado ainda de forma deficitária, os dados referenciam para as principais estratégias que necessitam ser implementadas nos serviços de saúde por enfermeiros: o controle da dor, o apoio à família, o trabalho em equipe e a oferta de treinamentos para os profissionais. Ante o exposto, espera-se que este mapeamento possa subsidiar novas pesquisas, no sentido que melhor possa se compreender o campo de estudo do cuidar paliativo.

Anais Do Ii Congresso Nacional Multiprofissional Em Saúde Coletiva (Iiconmusco): Resumos Simples E Expandidos

“…Durante o processo de finitude, a dor é o principal sintoma e representa cerca de 90% das queixas dos pacientes, o que fragiliza a qualidade de vida do ser cuidado e demanda vigilância e tratamento eficaz. Para alívio da dor, algumas medidas são colocadas em prática, como as farmacológicas em que alguns medicamentos são administrados com a finalidade de aliviar a dor de forma significativa, e, também, as não-farmacológicas -massagem, musicoterapia, hipnose e psicoterapia -uma vez que a dor pode possuir dimensão social, psicológica e emocional (DIAS et al, 2022;TAYLOR et al, 2020).…”

“…Por isso, para cada criança é preciso fornecer um cuidado integral, individualizado e direcionado, a fim de atender às suas necessidades e promover uma finitude com dignidade, por meio de medidas de alívio da dor e conforto por meio da palavra, do contato físico e apoio psicológico. Além das ações direcionadas à criança, é preciso que outras sejam implementadas para as famílias durante o processo de cuidado e, principalmente, durante as tomadas de decisão, apoiando, escutando e tranquilizando-as (DIAS et al, 2022;TAYLOR et al, 2020).…”

“…O cuidado interdisciplinar promove a melhor comunicação entre membros da equipe, de modo a reduzir o ônus da família em ter que coordenar os cuidados e transmitir informações aos diversos profissionais. Com isso, as deliberações têm maior probabilidade de serem resolvidas em comum acordo (DIAS et al, 2022;PINHO et al, 2020).…”

“…Os cuidados paliativos promovem bem-estar psicológico, biológico, social e espiritual através da boa relação médico-paciente em consequência da troca empática, da segurança, da responsabilidade ética e profissional, uma vez que, nesse novo processo de saúde-doença o sentido da vida passa a ser ressignificado. Nesse sentido, quando se fala em Cuidados Paliativos Pediátricos (CPP) a atuação da equipe multiprofissional é dedicada integralmente e ativamente à criança, além do fornecimento de suporte para a família e construção de uma relação sólida, uma vez que lidar com a finitude da vida cause tristeza, medo e revolta, principalmente quando esse fator ocorre de maneira precoce (COUCE et al, 2021;DIAS et al, 2022). É notório que essa assistência interdisciplinar e empática ofertada nos CPP por diversos profissionais que assumem a responsabilidade de gerenciar e acompanhar a evolução da criança, seja mediante visitas à domicílio ou ainda nas internações hospitalares, contribuem consideravelmente para o bem-estar desse indivíduo e alívio do sofrimento (DIAS et al, 2022;PINHO et al, 2020;SALIDO et al, 2022).…”

Understanding the Process of Illness in Childhood: Exploring Meanings for Health Promotion

“…The way in which each person copes with the disease will depend on the personal and social resources available to them. However, regardless of age and cognitive ability, children realize that something bad is happening around them (DIAS et al 2013).…”