“…clínico dele, receitar medicação, tal, ver os controles como é que ficam. Agora, o enfenneiro vai dar esse suporte, mais na questão do tratamento não farmacológico mesmo, né, dos hábitos, de forçar aquela coisa de que a pessoa tem que perder peso, de que precisa manter na dieta, o hábito de fazer exercício flsico e mudança de hábitos deve ficar a cargo de outros profissionais.Contudo, o depoimento anotado a seguir mostra que a percepção do médico sobre este t~abalho fica diluída entre uma percepção de melhor preparo, no caso, do enfermeiro, para exercer esta função e uma percepção do enfermeiro como uma pessoa que tem mais acesso ao paciente não pelo preparo técnico na formação, mas pela sua própria condição social, inferior à do médico.Quando o trabalho educativo é percebido apenas como suporte ao tratamento ou como uma estratégia para poupar tempo ao médico, configura-se aquele conceito mais tradicional de Educação em Saúde, tal qual emitido, por exemplo, pela Divisão Nacional de Educação em Saúde, que a define como "meio, complemento e suporte as ações médico-sanitárias visando à sua maior eficiência ... "(PEREIRA, 1991). Contrapõe-se totalmente a uma visão de Educação em Saúde voltada ao "desenvolvimento, no indivíduo ou no grupo, da capacidade de analisar criticamente a sua realidade, de decidir ações conjuntas para resolver problemas e modificar situações, de se organizar e realizá-la e analisá-la com espírito critico" (Secretaria de Estado da Saúde-SP, citada por PEREIRA, 1991).…”