Passagem de plantão como ferramenta de gestão para segurança do paciente

Abstract

Objetivo: compreender o processo de passagem de plantão do enfermeiro e elaborar uma ferramenta para viabilizar cientificamente tal contexto. Método: estudo de abordagem qualitativa, descritivo, realizado com 18 enfermeiros, por entrevistas semiestruturada analisadas por meio da Análise de Conteúdo, de setembro a dezembro de 2016. Para a elaboração do instrumento, foram utilizadas a observação participante e o Método do Arco de Maguerez. Resultados: identificou-se que a passagem de plantão apresenta caráter empírico, evidenciando a ausência de ferramenta científica que qualifique este processo, fragilizando a segurança dos pacientes. Foram detectados nós críticos como: o local da passagem de plantão, interrupções e excesso de comunicação, dessa forma, elaborou-se um instrumento em formato de checklist embasado no modelo Situation, Background, Assessment, Recommendation – SBAR de comunicação. Considerações finais: evidencia-se que é possível eliminar o caráter empírico da passagem de plantão utilizando a ferramenta SBAR, favorecendo a segurança dos pacientes.

Padronização da passagem de turno e otimização da comunicação na enfermagem: Um relato de experiência / Standardization of shift passage and optimization of communication in nursing: An experience report

“…No decorrer do percurso realizado antes da implantação da ferramenta, profissionais de enfermagem relataram a dificuldade existente em relação as pendências deixadas pelo plantão anterior, principalmente no setor de cuidados prolongados, onde a rotatividade de pacientes é maior, resultando concomitantemente em uma vultosa gama de informações a serem repassadas, de forma não estruturada. Geralmente, a passagem Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 90123-90132 sep. 2021 de plantão realizada de forma verbal possui acentuados pontos e fragilidade e percas de informação, devido a gama de assuntos que são passados (GONZALEZ et al, 2020).…”

“…Na literatura existe um consenso de que há métodos variados que podem atribuir na passagem de plantão, ainda que, a comunicação verbal realizada face a face seja a mais comum, mesmo que estudos comprovem a ineficiência quando utilizado de forma exclusiva (HOLLY; POLETICK, 2014). Dessa forma, pensando em redesenhar o cenário atual de comunicação e com objetivo de prover um sistema isento de erros, atrasos, desperdício e custo sustentável, o Institute for Healthcare Improvement em 2007 desenvolveu uma técnica de comunicação denominada SBAR (NASCIMENTO et al, 2018).…”

“…Dessa forma, seguindo o raciocínio proposto, prevê-se que uma passagem de plantão mal registrada pode interferir diretamente na segurança do paciente e, com isso, o uso da ferramenta pode prevenir tais problemas ou exacerbação de situações que podem ser evitadas, facilitando a troca de comunicação (NASCIMENTO et al, 2018;BURGER;JORDAN;KYRIAKOS, 2017).…”

“…Dessa forma, optou-se no primeiro momento a trabalhar com os enfermeiros, considerando a necessidade de adequar as rotinas de passagem de plantão e pelo fato deste profissional estar intrinsecamente voltado ao cuidado com o paciente nos três turnos (manhã, tarde e noite). Em relação aos setores, Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.9, p. 90123-90132 sep. 2021 foi decidido após a análise situacional pela ala de reabilitação que possui uma enfermaria com 21 leitos, e a unidade de cuidados prolongados com 33 leitos.…”

Patient safety culture in the maternal-child area of a university hospital

“…Teamwork among units, shift change, unit transfer and communication are priority areas for actions to improve the patient safety culture (8) . The shift change is considered a patient safety strategy for nurses and it is through this that the nursing team integrates with the patients' routine; at this moment, it is possible to visualize the inpatient's condition and all his particularities, so that strategies can be prepared that can prevent possible failures (19) . The same can be considered in relation to the health professionals in other areas, since the shift change will provide subsidies for the continuity of care.…”