RESUMOO presente estudo buscou compreender a vivência da família no processo de hospitalização do familiar, morte encefálica e entrevista para a doação de órgãos. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de natureza qualitativa, com abordagem fenomenológica. Os sujeitos foram 15 famílias de pacientes que tiveram lesão neurológica grave e aguda, evoluíram com diagnóstico de morte encefálica, cujas famílias foram entrevistadas para a doação de órgãos e não a autorizaram. Após análise do material empírico, surgiram duas unidades de significados: (1) Hospitalização; e (2) Entrevista para Decisão sobre Doação. Essas unidades de significados são representadas pelo "impacto da notícia"; "barreiras na comunicação"; "relação com a equipe"; "informação da morte encefálica"; "dor da perda"; "informação sobre doação" e "tomada de decisão". A trajetória vivenciada pelas famílias é difícil e se faz necessário repensar o atendimento a essas pessoas pelos profissionais de saúde durante esse processo. O tempo entre a comunicação da morte e a informação sobre doação de órgãos é importante para que a família possa organizar seus pensamentos e tomar a melhor decisão. O estudo mostra que esse tempo não foi respeitado.Palavras-chave: Enfermagem. Família. Morte encefálica.