Parceria nos cuidados de enfermagem em pediatria: do discurso à ação dos enfermeiros

Bom relacionamento com famílias no contexto neonatal e pediátrico: definição na perspectiva de enfermeiros

“…(16) No entanto, outro estudo mostrou que há pouco diálogo entre enfermeiros e famílias, com déficit de informações fornecidas ás famílias. (10) Há enfermeiras que utilizam estratégias de comunicação para aproximarem-se da família pensando apenas nas necessidades da criança e não do sistema familiar, assim, fornecem informações sobre o estado da criança, orientam e envolvem a família no cuidado pensando na alta hospitalar, de modo que esta possa realizar os cuidados no domicílio. (6,9,15) Em contrapartida, há enfermeiras que acreditam que fornecer informações à família é uma forma de cuidar dela, estabelecer parceria, acessar suas habilidades na tomada de decisões, e amenizar o sofrimento do restante da família que não está presente no ambiente hospitalar.…”

“…Como estudo realizado observou, ao refletirem sobre o construto da parceria, os enfermeiros baseiam-se no conhecimento teórico que têm e não tanto nas ações que desenvolvem para a sua implementação, ou seja, a prática nem sempre é condizente com a retórica. (10) Conclusão Na percepção dos enfermeiros, o bom relacionamento com a família no contexto neonatal/pediátrico é um construto multidimensional definido em termos de disponibilidade, comunicação e autocontrole, os quais estão, respectivamente, relacionados às categorias abrir-se para a família, manter uma comunicação eficaz com a família e conviver em equilíbrio consigo e com a família, sendo a comunicação eficaz o cerne de um bom relacionamento. A confiança, a empatia e a não emissão de julgamentos sobre as famílias são vistos como elementos fundamentais para o estabelecimento de um bom relacionamento.…”

“…(5) No entanto, na prática clínica de enfermagem, estudos realizados em diferentes culturas demonstram que em alguns ambientes de assistência pediátrica as relaçoes entre pais e enfermeiros restrigem-se à delegação de alguns aspectos do cuidado, visando reduzir a carga de trabalho da enfermagem, sem qualquer tipo de negociação e parceria nos relacionamentos com as famílias. (6)(7)(8)(9)(10) Bom relacionamento é uma expressão corrente no discurso dos enfermeiros e na literatura relativa ao cuidado da família, indicando não necessariamente uma polarização entre bom ou mau, mas certa condição para atingir resultados positivos no processo de cuidado. Contudo, as evidências científicas não apresentam de forma clara uma definição acerca do bom relacionamento e de forma consolidada os elementos necessários para o seu estabelecimento na perspectiva dos enfermeiros.…”

Comic books: technology in health for the humanization of care delivery to hospitalized children

“…Due to its specificity, the process of caring for pediatric patients is a motivating factor for nurses to provide an individualized response to the child and their family. In addition, there is a need for continuous training of the team and analysis of its practices with a view to maximizing the therapeutic resources, such as CB and therapeutic toys, and proposing activities that improve nursing care (Mendes & Martins, 2012).…”

A parceria de cuidados pelo olhar dos pais de crianças com necessidades especiais de saúde

“…Likewise, gaps have been reported in the transmission of complete information to parents about the clinical situation, treatment and care of the child with SHN (5) . These gaps are extended to the communication and sharing of information between the different professionals of the institutions that provide healthcare to children with SHN, interfering with the appropriate coordination of the services, in order to respond adequately to the needs of the children and their families (3) .…”