2016
DOI: 10.1590/s0104-71832016000200006
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Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e os Estudos Complementares do Rio Bacajá: reflexões sobre a elaboração de um laudo de impacto ambiental

Abstract: Resumo: Como se produz um estudo de impacto ambiental? O objetivo aqui é apresentar o processo de elaboração de dados e redação dos Estudos Complementares do

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“…Povos indígenas já demonstraram que suas demandas não cabem nos termos desses processos burocráticos, estatais e científicos do licenciamento ambiental. O que faz com que eles mesmos produzam seus estudos, documentos e resultados (Mantovanelli, 2016). A agência e os efeitos viram de lado, partem deles.…”
Section: Patrimônio Como Caixa-pretaunclassified
“…Povos indígenas já demonstraram que suas demandas não cabem nos termos desses processos burocráticos, estatais e científicos do licenciamento ambiental. O que faz com que eles mesmos produzam seus estudos, documentos e resultados (Mantovanelli, 2016). A agência e os efeitos viram de lado, partem deles.…”
Section: Patrimônio Como Caixa-pretaunclassified
“…Atualmente, porém, essa reinvenção -e sua possibilidade -parece ter ganhado outros contornos, trazendo outros desafios. Se a aceitação do contato esteve, historicamente, ligada ao aumento da exploração extrativista em seu território, que levou a uma aceleração das guerras e à construção da Transamazônica, que os cercou de não indígenas, seja pela obra em si, seja pela política de colonização da Amazônia levada a cabo pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), loteando terras próximas de suas áreas de movimentação para os chamados"colonos"(Fisher 1991(Fisher , 2000Tseouliko 2018a), no século XXI a construção da UHE Belo Monte foi, gradativamente, uma quebra desse "contrato" inicial.Com um processo de licenciamento ambiental crivado de problemas, em que o prometido era constantemente descumprido(Oliveira & Cohn 2014;Mantovanelli 2016aMantovanelli , 2016b, e, agora, com a iminência da construção da mineração a céu aberto Belo Sun, cujas áreas de prospecção invadem a Terra Indígena, os Xikrin passam a viver a "era dos impactos"(Mantovanelli 2016a). É a partir deste momento, que teve seu início em 2009, com a realização dos Estudos de Impacto Ambiental -em que os Xikrin do Bacajá tiveram, pela primeira vez, e por clara omissão do Estado, a notícia dos impactos advindos do novo projeto de aproveitamento hídrico da obra (Cohn 2010b) -, que os Xikrin do Bacajá tentaram empreender com mais afinco uma nova forma de negociação, a das reuniões -sem sucesso, e os levando a uma "crítica da política dos brancos", pela qual a palavra não vale, os documentos não têm validade e as reuniões são vazias de efeito (Mantovanelli 2016a).…”
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