Abstract:RESUMO. O artigo destaca as contribuições de Michel Foucault no que tange à noção de resistência. Os exercícios de resistência desnaturalizam as evidências que compõem nossa vida cotidiana. São práticas anônimas e impessoais que provocam fissuras nos modos de existência instituídos e fazem emergir novos problemas. Objetivou-se ressaltar a positividade dos exercícios de resistência, diferenciando-os daquelas concepções que os abordam exclusivamente como oposição ou reação a um processo instituído. As resistênci… Show more
“…Com isso, é necessário dialogar com a dinâmica da comunidade, envolvendo organizações comunitárias (Dutta et al, 2021), atividades comunitárias (Góis, 2012) e políticas públicas em estratégias intersetoriais, inventivas e participativas (Dantas, 2007). Assim, acredita-se que este exercício quando operado de forma coletiva tem sua possibilidade de transformação garantida, concretizando os processos de decolonização (Heckert, 2014). Para isso, é necessário demarcar como pontos de partida a liberdade, o pensamento crítico e a garantia de um projeto de sujeito e sociedade democráticos, buscando a libertação e a construção de uma posição da Psicologia Social feita de muitas formas e promovendo a ressonância de muitas vozes, descentrando um suposto saber elitista e colonizado da própria Psicologia (Castro & Mayorga, 2019).…”
O desenvolvimento das desigualdades sociais, raciais e de gênero no Brasil tem suas origens no processo de colonização. Igualmente, a origem eurocêntrica, cientificista e colonial atravessa a Psicologia a partir da colonialidade. Utilizando fundamentos da Psicologia da Libertação e dos estudos decoloniais, tem-se como objetivo analisar a atuação com as comunidades em situação de pobreza como estratégia de decolonização da Psicologia brasileira. Resgatar a memória histórica, potencializar as ações de resistências coletivas interseccionais e enfrentar as desigualdades coloniais são estratégias apontadas para transformar de forma decolonial esse modo de fazer da Psicologia. O profissional deve questionar seus marcadores de privilégio e de opressão baseados em raça, classe, gênero e território. A atuação precisa utilizar metodologias participativas, potencializando as estratégias de resistências históricas das populações negras e indígenas e escolhendo as comunidades em situação de pobreza como campo de ação.
“…Com isso, é necessário dialogar com a dinâmica da comunidade, envolvendo organizações comunitárias (Dutta et al, 2021), atividades comunitárias (Góis, 2012) e políticas públicas em estratégias intersetoriais, inventivas e participativas (Dantas, 2007). Assim, acredita-se que este exercício quando operado de forma coletiva tem sua possibilidade de transformação garantida, concretizando os processos de decolonização (Heckert, 2014). Para isso, é necessário demarcar como pontos de partida a liberdade, o pensamento crítico e a garantia de um projeto de sujeito e sociedade democráticos, buscando a libertação e a construção de uma posição da Psicologia Social feita de muitas formas e promovendo a ressonância de muitas vozes, descentrando um suposto saber elitista e colonizado da própria Psicologia (Castro & Mayorga, 2019).…”
O desenvolvimento das desigualdades sociais, raciais e de gênero no Brasil tem suas origens no processo de colonização. Igualmente, a origem eurocêntrica, cientificista e colonial atravessa a Psicologia a partir da colonialidade. Utilizando fundamentos da Psicologia da Libertação e dos estudos decoloniais, tem-se como objetivo analisar a atuação com as comunidades em situação de pobreza como estratégia de decolonização da Psicologia brasileira. Resgatar a memória histórica, potencializar as ações de resistências coletivas interseccionais e enfrentar as desigualdades coloniais são estratégias apontadas para transformar de forma decolonial esse modo de fazer da Psicologia. O profissional deve questionar seus marcadores de privilégio e de opressão baseados em raça, classe, gênero e território. A atuação precisa utilizar metodologias participativas, potencializando as estratégias de resistências históricas das populações negras e indígenas e escolhendo as comunidades em situação de pobreza como campo de ação.
A intenção deste ensaio é promover uma reflexão crítica acerca das articulações entre terceirização, saúde e algumas possíveis formas de resistência nos contextos laborais contemporâneos. Para tal, serão apresentados resultados de pesquisas realizadas com trabalhadoras e trabalhadores subcontratados de uma universidade pública brasileira. Foram feitos encontros coletivos, entrevistas semiestruturadas e elaboração de diários de campo pelos pesquisadores envolvidos. Os resultados apontam que os subcontratados vivenciam situações de exclusão, discriminação, sentimento de invisibilidade, falta de reconhecimento, sobrecarga e outras injustiças. Questões étnico-raciais e de gênero também foram observadas como aspectos produtores de sofrimento. Em contrapartida, foi possível observar algumas formas de resistência como produção de mecanismos de defesa contra o sofrimento e envolvimento de caráter político em movimentos coletivos de lutas. Defende-se o compromisso ético-político da psicologia social do trabalho brasileira – como produto de seu tempo – de assumir postura crítica diante desta temática e contribuir para a promoção de movimentos de resistência em prol da continuidade das lutas pela saúde, garantia de direitos e formas de trabalho pautadas na dignidade da vida.
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