Resumo: O presente estudo investigou as associações dos estilos parentais com a personalidade e satisfação com a vida de adolescentes, além de identificar diferenças de acordo com características sociodemográficas. Participaram 361 estudantes do Ensino médio de escolas públicas do ABC Paulista, com idades entre 14 e 18 anos (M= 15,49; DP= 1,12), sendo a maioria (71,2%) do sexo feminino. A Escala de Responsividade e Exigência Parental (EREP), o Big Five Inventory -II (BFI-2) e a Escala de Satisfação de Vida (ESV) foram os instrumentos aplicados. As dimensões de responsividade associaram-se positivamente à satisfação com a vida (r entre 0,47 e 0,49) e negativamente com neuroticismo e conscienciosidade (r entre -0,19 e -0,29). As dimensões de responsividade (pai e mãe) foram preditivas em relação à satisfação com a vida e o neuroticismo. As adolescentes apresentaram maiores médias que os rapazes em neuroticismo, agradabilidade e exigência materna. Aventa-se que os impactos dos estilos parentais na vida dos adolescentes podem diminuir com o tempo, sendo importante que os pais se responsabilizem pelo desenvolvimento de seus filhos de forma conjunta. Programas de orientação a pais e educadores podem funcionar como estratégias de prevenção à violência, suicídio, uso de drogas e desenvolvimento de psicopatologias.Palavras-chave: relações familiares, papel dos pais, bem-estar subjetivo, psicologia do desenvolvimento, afetos