“…Um olhar comum de todas essas discussões e produções foi a busca e a valorização de personagens tidos como esquecidos no processo de independência do Brasil, a exemplo de mulheres, indígenas e negros. De fato, como observa Lucia Pereira das Neves, apesar da renovação da historiografia a respeito da independência nas últimas décadas do século XX, ela "[...] avançou pouco em identificar aqueles que, membros dos mais diversos segmentos da sociedade, permaneceram na sombra, embora tenham lutado e interferido de algum modo nos rumos da cisão" (NEVES, 2020, p. 10), o que leva a autora a falar acerca dos "esquecidos da independência", no sentido de que há ainda uma "história a se fazer" (NEVES, 2020).…”