“…A partir desse fato, e dada também a ampla circulação de romances traduzidos, Valéria Augusti, em trabalho no qual discute o processo de canonização do romance no Brasil, acredita que a inserção do gênero em uma obra de retórica fosse a resposta desta à recepção positiva que ele encontrou entre os leitores18 . No entanto, sua presença nas obras produzidas pelos retores não era justificada meramente pelo sucesso de público ou por causa de sua "dimensão literária", sequer presente na pauta de debates da época, mas por um motivo bem mais pragmático, ou seja, a preocupação com a função moralizante que o romance deveria necessariamente encampar: trata-se do tão falado "dirigir o seu assunto para um fim útil".16 Martins (2005), op. cit.…”