“…Indubitavelmente, os procedimentos de confissão mudaram consideravelmente com o tempo. Não obstante, em razão dos efeitos históricos da confissão como produtora da verdade nas mais variadas instituições sociais, não é à toa, pois, que já n'A vontade de saber, primeiro volume da História da sexualidade, de 1976de , Foucault (2017) sustentará a ideia de que: "O homem, no Ocidente, tornou--se um animal confidente.". Ora, desde esse ponto de vista, poder-se-ia afirmar que os mecanismos de características confessionais para a produção do discurso verdadeiro estão hoje por toda a parte, "[...] na justiça, na medicina, na pedagogia, nas relações familiares, nas relações amorosas, na esfera mais cotidiana e nos ritos mais solenes [...]" (Foucault, 2017, p. 66), incitando toda uma enunciação da vida nos mais ínfimos detalhes, estabelecendo, assim, uma forma social de controle da subjetividade.…”