Este artigo tem por objetivo abordar uma experiência de aulas primárias aos presos de cadeias da Província da Parahyba do Norte. As aulas nas cadeias fizeram parte do cotidiano prisional no século XIX, sob o discurso de “regeneração dos crimes” buscavam ofertar apenas uma instrução elementar e oficinas para o trabalho cujo objetivo era formar sujeitos capazes de realizar uma ocupação útil, conforme o pensamento da época. Criou-se, neste processo, uma cultura escolar específica marcada pela relação entre a disciplinarização do ambiente escolar e do ambiente carcerário, numa perspectiva intimamente relacionada com a formação de um “homem ordeiro”, “útil” e “moralizado”.