Abstract:Resumo: Neste trabalho questionamos a prática das olimpíadas escolares como uma das medidas de Estado que, pretensamente, visam à melhoria do ensino nas escolas públicas e, mais fortemente, as olimpíadas das ciências naturais, área de conhecimentos historicamente excludente. Com base na perspectiva histórico-cultural sobre aprendizagem, argumentamos contra a competitividade e a favor da colaboração nos processos educativos. A partir de análises da desigualdade escolar balizadas pela sociologia da educação, col… Show more
“…Sem hesitar, pode-se afirmar que a Olimpíada é um meio extremamente eficaz para motivar os estudantes, o que corrobora o discurso oficial da OBA, que busca levar aos estudantes e professores conteúdos corretos e atualizados relacionados a Astronomia (Erthal & Vieira, 2019). Apesar dos problemas de divisão entre vencedores e perdedores em práticas competitivas, quando a metodologia busca um equilíbrio entre competição e colaboração (Rezende & Ostermann, 2012), efeitos benéficos para os processos de ensino e aprendizagem são perceptíveis. Neste trabalho, tais ações foram realizadas através da parceria do grupo PETFIS com a professora de Ciências, levando em conta as necessidades dos alunos, tendo em vista a percepção sobre a preparação de Dubet (2004) para minimizar o efeito da desigualdade escolar.…”
Section: Resultsunclassified
“…Por outro lado, uma análise crítica traça um paralelo com a competição, como exemplo a prática esportiva, em que o sucesso de um atleta demanda enorme preparo, condições favoráveis e consome praticamente todo seu tempo. Assim, a competição, no caso das olimpíadas escolares, levaria a uma clara exposição das diferenças sociais das escolas participantes e até mesmo entre alunos em uma mesma escola e levaria à formação de dois grupos distintos, os vencedores e os perdedores (Rezende & Ostermann, 2012). A competição não elimina as desigualdades escolares e essas são atreladas às desigualdades sociais (Dubet, 2004).…”
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) teve sua primeira edição em 1998, promovendo, no Brasil, um evento educacional, com foco científico, já consolidado internacionalmente. O Grupo do Programa de Educação Tutorial de Conexões de Saberes em Física e Popularização da Ciência da Unifei (Campus Avançado de Itabira) criou um programa de atendimento e preparação de alunos com oficinas e gincanas de Astronomia. m parceria com um colégio de Ensino Fundamental de Itabira (MG). Baseado em uma metodologia que busca aliar o prazer em aprender com estudo constante dos alunos nos temas propostos, este programa visa solucionar as dificuldades no processo de formação dos alunos, na assimilação e construção de conhecimentos científicos e no processo de ensino-aprendizagem. Assim, diversas reações importantes foram observadas e este trabalho tem como objetivo mostrar análises relacionadas ao desempenho dos alunos do colégio na OBA. Foi verificado aumento de notas médias das turmas do 7º ao 9º ano, destacando-se as turmas do 7° ano com aumento de rendimento de 36%. Consequentemente, houve um aumento significativo no número de medalhas conquistadas, passando de 1 medalha para cada 50 alunos em 2015 para aproximadamente 1 medalha para cada 4 participantes em 2019.
“…Sem hesitar, pode-se afirmar que a Olimpíada é um meio extremamente eficaz para motivar os estudantes, o que corrobora o discurso oficial da OBA, que busca levar aos estudantes e professores conteúdos corretos e atualizados relacionados a Astronomia (Erthal & Vieira, 2019). Apesar dos problemas de divisão entre vencedores e perdedores em práticas competitivas, quando a metodologia busca um equilíbrio entre competição e colaboração (Rezende & Ostermann, 2012), efeitos benéficos para os processos de ensino e aprendizagem são perceptíveis. Neste trabalho, tais ações foram realizadas através da parceria do grupo PETFIS com a professora de Ciências, levando em conta as necessidades dos alunos, tendo em vista a percepção sobre a preparação de Dubet (2004) para minimizar o efeito da desigualdade escolar.…”
Section: Resultsunclassified
“…Por outro lado, uma análise crítica traça um paralelo com a competição, como exemplo a prática esportiva, em que o sucesso de um atleta demanda enorme preparo, condições favoráveis e consome praticamente todo seu tempo. Assim, a competição, no caso das olimpíadas escolares, levaria a uma clara exposição das diferenças sociais das escolas participantes e até mesmo entre alunos em uma mesma escola e levaria à formação de dois grupos distintos, os vencedores e os perdedores (Rezende & Ostermann, 2012). A competição não elimina as desigualdades escolares e essas são atreladas às desigualdades sociais (Dubet, 2004).…”
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) teve sua primeira edição em 1998, promovendo, no Brasil, um evento educacional, com foco científico, já consolidado internacionalmente. O Grupo do Programa de Educação Tutorial de Conexões de Saberes em Física e Popularização da Ciência da Unifei (Campus Avançado de Itabira) criou um programa de atendimento e preparação de alunos com oficinas e gincanas de Astronomia. m parceria com um colégio de Ensino Fundamental de Itabira (MG). Baseado em uma metodologia que busca aliar o prazer em aprender com estudo constante dos alunos nos temas propostos, este programa visa solucionar as dificuldades no processo de formação dos alunos, na assimilação e construção de conhecimentos científicos e no processo de ensino-aprendizagem. Assim, diversas reações importantes foram observadas e este trabalho tem como objetivo mostrar análises relacionadas ao desempenho dos alunos do colégio na OBA. Foi verificado aumento de notas médias das turmas do 7º ao 9º ano, destacando-se as turmas do 7° ano com aumento de rendimento de 36%. Consequentemente, houve um aumento significativo no número de medalhas conquistadas, passando de 1 medalha para cada 50 alunos em 2015 para aproximadamente 1 medalha para cada 4 participantes em 2019.
“…As olimpíadas científicas são competições que objetivam incentivar e encontrar talentos em suas áreas de conhecimento [Rezende and Ostermann 2012]. Existem diversas áreas que podem ser individuais ou em equipes, organizadas por provas ou desafios.…”
Section: Competições Científicasunclassified
“…Para o professor, este ambiente disponibiliza uma excelente forma de desenvolver a capacidade dos seus alunos. Além do conhecimento, dá-se acesso a novos incentivos e motivações [Tajra 2011, Rezende andOstermann 2012]. O grupo PET Fronteira usufrui das oportunidades das olimpíadas científicas encorajando a participação dos acadêmicos neste meio.…”
Abstract. This paper presents the actions of the program called "PET Fronteira"in the university Campus of Ponta Pora of UFMS and the city of Ponta Pora/Mato Grosso do Sul. The university sought greater interaction with the local community, always with the goal of digital inclusion through logical reasoning classes and educational robotics. Also brought to the university/schools show robotics for competitions and olympics scientific. The Program is described in this article, from its conception, through the goals, related actions, until its most recent results and impacts both the university and to society.Key-words: PET, Education, Actions.Resumo. Este artigo apresenta as ações do Programa PET Fronteira no âm-bito universitário do Campus de Ponta Porã da UFMS e no município de Ponta Porã/Mato Grosso do Sul. A universidade buscou maior interação com a comunidade local, tendo sempre como objetivo a inclusão digital através de oficinas de raciocínio lógico e robótica educacional. Também, trouxe para a universidade/escolas uma maior concepção de robótica para as competições e olimpía-das científicas. O Programa PET Fronteira é retratado nesse artigo, desde sua concepção, passando pelos objetivos, ações, até seus mais recentes impactos e resultados tanto para a universidade, quanto para a sociedade.Palavras-chave: PET, Educação, Ações.
“…No Brasil, anualmente, organizam-se Olimpíadas de Matemática e Língua Portuguesa, para as escolas públicas, patrocinadas pelo Governo Federal desde 2006. Outras, como a Olimpíada Brasileira de Física (OBF) vêm sendo organizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), para todos os estudantes do Ensino Médio e estudantes das últimas séries, oitavo e nono anos, do Ensino Fundamental, com apoio de órgãos de fomento como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (REZENDE; OSTERMANN, 2012).…”
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