“…Existem estudos que centram na eficácia das competições para o desenvolvimento técnico-científico e na avaliação da qualidade do ensino (cf. MELO JUNIOR; SOUZA; SILVA, 2019; SEIXAS; TADDEI, 2017; WALDEZ et al, 2014); artigos que reforçam que as olimpíadas são momentos únicos de aprendizagem sobre conhecimentos específicos e desenvolvimento de raciocínio lógico em determinadas áreas científicas; artigos que reforçam que também são momento de entretenimento (CARACCIOLO; SPINELLI, 2018; COSTA JÚNIOR, 2017) e aqueles estudos voltados para a discussão na área da educação, que trabalham com a classificação e análise das questões das provas aplicadas e na resolução de questões das olimpíadas (COLEONI et al, 2001;ZÁRATE;CANALLE;SILVA, 2009;ERTHAL et al, 2015;ERTHAL;LOUZADA;DI MAIO et al 2016;AROCA et al 2016). Há também, apesar de em menor número, textos que questionam a prática das olimpíadas que, pretensamente, visam à melhoria do ensino e colocam os estudantes diante de uma competição injusta principalmente os menos favorecidos por seu capital cultural (REZENDE; OSTERMANN, 2012;SOUZA NETO, 2013).…”
Section: Brasileira De Matemática Das Escolas Públicas (Obmep)unclassified
Neste estudo, objetivamos realizar um mapeamento das propostas de olimpíadas submetidas aos editais do CNPq por onze anos consecutivos (de 2005 a 2015) e analisar seus projetos a fim de identificar elementos que compõem essa ação de incentivo à divulgação científica no Brasil. Dos 229 projetos submetidos, 96 foram aprovados e financiados para a realização de 21 olimpíadas em diversas áreas do conhecimento, com predominância nas ciências exatas e da terra. Associações e sociedades científicas se destacam nas suas coordenações, majoritariamente concentradas na região Sudeste e representadas por homens. Despertar interesse pela temática da olimpíada é o objetivo mais comum dos projetos, enquanto os termos “divulgação científica” e “popularização da ciência” não são explicitados com frequência como parte desses objetivos.
“…Existem estudos que centram na eficácia das competições para o desenvolvimento técnico-científico e na avaliação da qualidade do ensino (cf. MELO JUNIOR; SOUZA; SILVA, 2019; SEIXAS; TADDEI, 2017; WALDEZ et al, 2014); artigos que reforçam que as olimpíadas são momentos únicos de aprendizagem sobre conhecimentos específicos e desenvolvimento de raciocínio lógico em determinadas áreas científicas; artigos que reforçam que também são momento de entretenimento (CARACCIOLO; SPINELLI, 2018; COSTA JÚNIOR, 2017) e aqueles estudos voltados para a discussão na área da educação, que trabalham com a classificação e análise das questões das provas aplicadas e na resolução de questões das olimpíadas (COLEONI et al, 2001;ZÁRATE;CANALLE;SILVA, 2009;ERTHAL et al, 2015;ERTHAL;LOUZADA;DI MAIO et al 2016;AROCA et al 2016). Há também, apesar de em menor número, textos que questionam a prática das olimpíadas que, pretensamente, visam à melhoria do ensino e colocam os estudantes diante de uma competição injusta principalmente os menos favorecidos por seu capital cultural (REZENDE; OSTERMANN, 2012;SOUZA NETO, 2013).…”
Section: Brasileira De Matemática Das Escolas Públicas (Obmep)unclassified
Neste estudo, objetivamos realizar um mapeamento das propostas de olimpíadas submetidas aos editais do CNPq por onze anos consecutivos (de 2005 a 2015) e analisar seus projetos a fim de identificar elementos que compõem essa ação de incentivo à divulgação científica no Brasil. Dos 229 projetos submetidos, 96 foram aprovados e financiados para a realização de 21 olimpíadas em diversas áreas do conhecimento, com predominância nas ciências exatas e da terra. Associações e sociedades científicas se destacam nas suas coordenações, majoritariamente concentradas na região Sudeste e representadas por homens. Despertar interesse pela temática da olimpíada é o objetivo mais comum dos projetos, enquanto os termos “divulgação científica” e “popularização da ciência” não são explicitados com frequência como parte desses objetivos.
A presente pesquisa tem o objetivo de estudar a participação e o rendimento estadual dos participantes sujeitos à vulnerabilidade social e econômica na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) do estado do Acre, durante as edições de 2015 a 2018. A pesquisa, de caráter descritivo, utilizou uma abordagem qualitativa, pela qual foram comparados os resultados da primeira e segunda fases, analisando se as condições locais (sociais e econômicas) tiveram influência nos resultados obtidos pelos participantes. Também teve uma abordagem quantitativa, uma vez que os dados referentes à participação nas edições em questão foram analisados. Participaram dessas edições um total de 1.602 alunos, dos quais três foram medalhistas. Concluiu-se que os resultados abaixo da média estão ligados a essas condições. Sugerem-se alternativas para difundir a OBFEP no estado, assim como propostas para atenuar as desigualdades escolares, de modo que os resultados positivos na OBFEP sejam consequência de práticas inclusivas e inovadoras.
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