Abstract:RESUMOO relato mostra um caso de oftalmomiíase pós-traumática em um paciente etilista crônico, com fratura orbitozigomática, descrevendo a importância do tratamento precoce e a necessidade de associar Ivermectina à remoção cirúrgica das larvas.
“…There are over 85,000 species of flies (Diptera), but only a few can cause ophthalmomyiasis. In this rare disease, the eyelids, conjunctiva, cornea, eyeball, or orbit can be invaded by larvae, a condition that corresponds to only 5% of all cases in humans (19,20) .…”
Section: Ophthalmomyiasismentioning
confidence: 99%
“…The diagnosis is most often made by fiberoptic imaging with direct visualization of the larvae; clinically, patients present with oedema, proptosis, visual loss, and restriction of eye movements. However, additional tests such as CT have proved extremely important in the assessment of tissue invasion (19,20) .…”
Section: Ophthalmomyiasismentioning
confidence: 99%
“…CT can show intra-and/or extraconal orbital invasion (Figure 6), variable thickening of soft tissues and invasion of the eyeball, potentially leading to its complete destruction. The pattern of eyeball displacement depends on which region of the orbit was invaded (19,20) .…”
Section: Ophthalmomyiasismentioning
confidence: 99%
“…Treatment varies according to the location and severity of the disease. It may consist of expectant management, oral antiparasitic agents, mechanical removal of the larvae, and even posterior vitrectomy with surgical removal of the larvae (19,20) .…”
“…There are over 85,000 species of flies (Diptera), but only a few can cause ophthalmomyiasis. In this rare disease, the eyelids, conjunctiva, cornea, eyeball, or orbit can be invaded by larvae, a condition that corresponds to only 5% of all cases in humans (19,20) .…”
Section: Ophthalmomyiasismentioning
confidence: 99%
“…The diagnosis is most often made by fiberoptic imaging with direct visualization of the larvae; clinically, patients present with oedema, proptosis, visual loss, and restriction of eye movements. However, additional tests such as CT have proved extremely important in the assessment of tissue invasion (19,20) .…”
Section: Ophthalmomyiasismentioning
confidence: 99%
“…CT can show intra-and/or extraconal orbital invasion (Figure 6), variable thickening of soft tissues and invasion of the eyeball, potentially leading to its complete destruction. The pattern of eyeball displacement depends on which region of the orbit was invaded (19,20) .…”
Section: Ophthalmomyiasismentioning
confidence: 99%
“…Treatment varies according to the location and severity of the disease. It may consist of expectant management, oral antiparasitic agents, mechanical removal of the larvae, and even posterior vitrectomy with surgical removal of the larvae (19,20) .…”
“…De acordo com a localização e o tecido envolvido há diferentes nomenclaturas, como: miíase gengival, miíase dental, miíase periodontal e miíase oral 1 . Alguns fatores são predisponentes, como higiene bucal deficiente, falta de selamento dos lábios, resistência corporal diminuída, desnutrição, respiração bucal, etilismo, senilidade, comprometimento neurológico, hemiplegia e traumas na área facial 4,7 . Dessa forma, pacientes com necessidades especiais tornam-se mais vulneráveis.…”
IntroduçãoO termo "miíase" é derivado do grego myio (mosca) e ase (doença) e é usado para definir a invasão dos tecidos vivos humanos e de outros mamíferos por ovos ou larvas de moscas da ordem díptera, sendo mais frequentemente observada em países tropicais 1 . As larvas de Cochliomyia hominivorax e Dermatobia são os agentes causais mais comuns das miíases humanas na América. A ocorrência de miíase bucal é rara e há poucos relatos de casos clínicos na literatura descrevendo essa condição 2,3 .As miíases são classificadas de acordo com os aspectos biológicos e evolutivos. Dividem-se em dois grandes grupos: biontófagas e necrobiontófogas. As biontófagas ou parasitárias, são caracterizadas como invasores primários, tem a capacidade de invadir tecidos sadios e feridas recentes. Já, as necrobiontógafas ou facultativas, nutrem-se de tecidos orgânicos em decomposição ou podem atingir eventualmente tecidos necrosados em um hospedeiro vivo 1,4 .As manifestações clínicas não são específicas e variam de acordo com a região acometida 5 . A ocorrência de miíase em cavidade bucal é rara e, nesses casos, a localização mais frequente é a região anterior de maxila. O aspecto pode variar de pequenas Objetivo: este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de miíase, acometendo cavidade bucal de paciente portadora de síndrome de Wilson e discutir as principais medidas para a prevenção e o tratamento da miíase. Relato de caso: paciente do gênero feminino, 30 anos de idade, portadora da doença de Wilson, dependente para as atividades da vida diária, apresentando ausência de selamento labial e cuidado de higiene oral inadequado. O diagnóstico de miíase foi estabelecido clinicamente quando observou-se sangramento na boca, presença de larvas e ausência da mucosa do palato. Foi solicitada a internação no centro cirúrgico para debridamento do tecido e remoção das larvas. Durante procedimento ficou constatado presença de colônia de larvas também no interior da língua. Considerações finais: a ocorrência de miíase em cavidade bucal é rara. Alguns fatores são predisponentes, dentre esses: a senilidade, as doenças e debilidades neurológicas, a halitose. O principal tratamento constitui-se de remoção mecânica e prescrição medicamentosa antibacteriana e antiparasitária. A paciente do caso em análise foi tratada em centro cirúrgico, com remoção mecânica das larvas, e os responsáveis por ela foram orientados para uma higiene oral adequada para evitar a reinfestação.Palavras-chave: Miíase. Cavidade oral. Língua. Palato. Doença de Wilson.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.