“…Os tumores odontogênicos são raros, com incidência relatada de 0,002% a 0,1% (Kämmerer et al, 2015 ;Isola, Cicciù, Fiorillo & Matarese, 2017;Rana et al, 2019), sendo o odontoma a entidade mais comum, representando mais de 50% dos casos (Kämmerer et al, 2015 ;Isola, Cicciù, Fiorillo & Matarese, 2017). Embora classificados em tumores odontogênicos mistos benignos (Sousa-Neto et al, 2019 ;Wanderley et al, 2019 ;Elsayed et al, 2020), muitos autores consideram os odontomas como lesões hamartomatosas, ou seja, anomalias de desenvolvimento resultantes do crescimento de células epiteliais e mesenquimais com arranjo estrutural defeituoso, apresentando diferenciação completa do tecido dentário (esmalte, dentina, cemento e polpa) (Kämmerer et al, 2015 ;Saravanan, Sathyasree, Manikandhan, Deepshika & Muthu, 2019 ;Rana et al, 2019 ;Elsayed et al, 2020). Sua patogênese ainda não é evidente, porém, sugere-se que os odontomas possam estar associados a traumas durante a dentição decídua, processos inflamatórios e infecciosos, anomalias hereditárias, mutações genéticas e hiperatividade odontoblástica (Tekkesin et al, 2012 ;Kämmerer et al, 2015 ;Saravanan, Sathyasree, Manikandhan, Deepshika & Muthu, 2019 ;Rana et al, 2019 ;Wanderley et al, 2019 ;Almeida et al, 2020).…”