Abstract:ResumoAs mulheres pobres do programa Bolsa Família são acusadas de ter mais filhos para ingressar ou permanecer no programa. Em pesquisa etnográfi-ca (2012Em pesquisa etnográfi-ca ( /2014 Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licen ça Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
“…Thus, PTCRs, by providing income to poor households, can reduce inequalities among beneficiary families 33,34 . Currently, BF is the largest PTCR not just in Brazil, but in the world, in relative and absolute terms 33,35,36 .…”
RESUMO: Objetivo: Avaliar a prevalência dos indicadores de doenças crônicas não transmíssiveis (DCNT), incluindo exames laboratoriais, na população de mulheres brasileiras em idade reprodutiva segundo o recebimento do benefício Bolsa Família (BF). Métodos: Consideraram-se as 3.131 mulheres de 18 a 49 anos que participaram da submamostra de exames laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Foram comparados indicadores entre as mulheres em idade reprodutiva (18 a 49 anos) que disseram ter ou não Bolsa Família e calculados prevalência e intervalo de confiança (IC) usando χ2 de Pearson. Resultados: Observou-se que as mulheres em idade reprodutiva beneficiárias do BF quando comparadas às não beneficiárias têm piores desfechos em saúde, como maior ocorrência de sobrepeso (33,5%) e obesidade (26,9%) (p < 0,001), hipertensão 13,4% versus 4,4% (p < 0,001), uso de tabaco (11,2%) versus 8,2% (p = 0,029), além de 6,2% perceberem sua saúde pior, em comparação a 2,4% das mulheres não beneficiárias (p<0,001). Conclusão: Diversos indicadores de DCNT tiveram pior desempenho entre as mulheres em idade reprodutiva beneficiárias do BF. Destaca-se que essa não é uma relação causal, sendo o BF um marcador de desigualdade entre mulheres. O benefício tem sido direcionado à população com maior necessidade em saúde, buscando assim reduzir iniquidades.
“…Thus, PTCRs, by providing income to poor households, can reduce inequalities among beneficiary families 33,34 . Currently, BF is the largest PTCR not just in Brazil, but in the world, in relative and absolute terms 33,35,36 .…”
RESUMO: Objetivo: Avaliar a prevalência dos indicadores de doenças crônicas não transmíssiveis (DCNT), incluindo exames laboratoriais, na população de mulheres brasileiras em idade reprodutiva segundo o recebimento do benefício Bolsa Família (BF). Métodos: Consideraram-se as 3.131 mulheres de 18 a 49 anos que participaram da submamostra de exames laboratoriais da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Foram comparados indicadores entre as mulheres em idade reprodutiva (18 a 49 anos) que disseram ter ou não Bolsa Família e calculados prevalência e intervalo de confiança (IC) usando χ2 de Pearson. Resultados: Observou-se que as mulheres em idade reprodutiva beneficiárias do BF quando comparadas às não beneficiárias têm piores desfechos em saúde, como maior ocorrência de sobrepeso (33,5%) e obesidade (26,9%) (p < 0,001), hipertensão 13,4% versus 4,4% (p < 0,001), uso de tabaco (11,2%) versus 8,2% (p = 0,029), além de 6,2% perceberem sua saúde pior, em comparação a 2,4% das mulheres não beneficiárias (p<0,001). Conclusão: Diversos indicadores de DCNT tiveram pior desempenho entre as mulheres em idade reprodutiva beneficiárias do BF. Destaca-se que essa não é uma relação causal, sendo o BF um marcador de desigualdade entre mulheres. O benefício tem sido direcionado à população com maior necessidade em saúde, buscando assim reduzir iniquidades.
“…In other words, women take the responsibility for contraception. Furthermore, we should consider the difficulty in access to very efficacious methods in the public health system 22 and the dissatisfaction of women with the reversible methods that are currently available 23 as contributing factors to these results. This dissatisfaction may be related to the possible failure of a reversible method used previously.…”
Family planning services should provide women and men with information on contraceptive methods. This study aimed to evaluate the impact of multidisciplinary contraceptive counseling lectures related to the efficacy and individual choices of contraceptive methods. Sociodemographic variables, preferred methods and opinion about the efficacy of contraceptive methods of 101 participants were analyzed. After the lecture, a lower percentage of men declared that they did not know which contraceptive method was more efficacious (24.3% versus 0.0%; p=0.006). Also, a lower percentage of women (12.7% versus 1.8%; p=0.020) and men (25.5% versus 7.7%; p=0.003) reported that they did not know which contraceptive method was less efficacious. Number of children increased the likelihood of choosing an irreversible method in a 30.87-fold (95%CI, 5.503 to 173.168, p<0.001). The choice of irreversible methods did not change after the counseling lecture (p>0.05). The lecture impacted on participants’ opinions about the efficacy of contraceptive methods, making them have more informed choices. However, it did not influence their choice of contraception. Number of children was the most determining factor in choosing irreversible methods.
“…Essas decisões são realizadas com ou sem o consentimento do companheiro (Carloto & Mariano, 2012;Magalhães et al, 2013). Outro indício que indica um papel significativo do PBF no processo de emancipação das mulheres beneficiárias é o rompimento com relacionamentos abusivos (Quadros & Santos, 2017;Rego & Pinzani, 2013;Tebet, 2012).…”
Section: Titularidade Feminina E As Relações Familiaresunclassified
O presente artigo trata de uma revisão de literatura que objetiva compreender os significados atribuídos ao Programa Bolsa Família (PBF) por beneficiárias(os) a partir de narrativas presentes em produções científicas. Para tanto, realizamos um levantamento bibliográfico no Portal de Periódicos CAPES, no período de junho e agosto de 2018. Selecionamos 35 artigos que apresentavam discussões sobre narrativas de sujeitos vinculados ao PBF. Observamos nessas narrativas uma pluralidade discursiva quanto às potencialidades e aos limites do Programa em torno de cinco pontos: a) Usos do benefício; b) Titularidade feminina e relações familiares; c) Condicionalidades e acesso a serviços públicos; d) Dinâmica trabalho/emprego; e) Portas de saída. Acreditamos que esta pesquisa auxilia na construção de reflexões que visam a ampliação e/ou aperfeiçoamento do Programa, um debate que se enquadra no campo da psicologia social e política interessada em pensar o papel das políticas públicas no enfretamento às desigualdades sociais brasileiras.
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