Observações didáticas sobre a análise dialógica do discurso – ADD

Abstract

RESUMO:Pretendemos, com este artigo, apresentar didaticamente as especificidades da chamada Análise Dialógica do Discurso (ADD), de Bakhtin e o Círculo, a fim de oferecer a novos leitores, e a quantos queiram abordar as propostas bakhtinianas em ambiente acadêmico, uma síntese dos principais tópicos referentes a essa corrente de estudos. Esse objetivo didático justifica o fato de o texto estruturar-se em temas que julgamos mais imediatos para a compreensão dessa teoria, como dialogismo, gênero, interação e enunciado. Também, por se tratar de um texto introdutório, buscamos uma leitura mais fluida, não indicando especificamente em que obra(s) os tópicos abordados estão presentes, uma vez que seria necessária a citação de vários deles a cada parte. Assim, caso o leitor queira aprofundar, optamos por indicar na bibliografia os textos dos quais se originam os tópicos considerados para a elaboração deste artigo. PALAVRAS-CHAVE:Dialogismo. Bakhtin. Dialogismo: síntese didática. Análise Dialógica do Discurso.ABSTRACT: This paper intends to didactically describe the specificities of the so-called Dialogical Discourse Analysis, by Bakhtin and the Circle, aiming at offering to new readers and everyone wanting to approach Bakhtinian proposals in academic settings, a synthesis of the main topics present in this study perspective. This didactical goal justifies the fact of the text being organized according to themes we deemed more relevant for understanding the theory, such as dialogism, genre, interaction and utterance. In addition, as the text is an introductory one, we tried to propose a lighter reading by not indicating specific texts where each one of them is present, since this would require quoting many of them at every part. Thus, would the reader want to do a deeper study, we preferred to indicate in the References all texts where topics approached in this paper have appeared.

Los géneros del discurso como dispositivos enunciativos de las prácticas sociales: una mirada teórica y práctica

“…En la tesis, Sobral las desarrolló según sus necesidades y las fue resignificando. Las presentamos aquí como están en el texto (Sobral & Giacomelli, 2016, p. 1093…”

“…Cuando analiza, adquiere conocimiento sobre las relaciones entre los dos partes (lengua y enunciación) en el enunciado considerado en términos de la intencionalidad del locutor frente a su(s) interlocutor(es). Por fin, cuando interpreta, él integra todos esos dados -la materialidad de la lengua y los elementos del acto de enunciación em sus relaciones en un dado contexto que implica tiempo, espacio e interlocutores -y, a partir de eso, procura identificar los sentidos creados (Sobral & Giacomelli, 2016, p. 1093 En realidad, se puede hacer las tres etapas tanto en secuencia como simplemente considerando las características materiales y enunciativas (descripción) del objeto, verificando cómo él organiza los elementos materiales y enunciativos identificados (análisis) e interpretando los sentidos creados mediante la integración entre la materialidad textual y el acto enunciativo que produce el género (interpretación) -es decir, la interpretación va siempre considerar la instauración de sentidos basada en las características lingüísticas (la lengua como sistema) e lenguajeras (el lenguaje como manifiesta en la enunciación) del objeto.…”

Memórias Da Infância Como Conteúdo No Enunciado-Depoimento

“…Quando isso acontece, as pessoas se baseiam em todas as situações de interação que viveram, e elas tentam imaginar as reações dos outros e se antecipar a isso. (SOBRAL;GIACOMELLI, 2016GIACOMELLI, , p. 1083.…”

“…Assim, esses autores esclarecem que há uma interdependência entre tais elementos, ao afirmarem que: 1) não há referência (referencialidade) sem avaliação (expressividade), nem avaliação sem referência a um objeto do mundo (concreto ou abstrato); 2) não há expressividade sem o locutor considerar o outro a quem se dirige (endereçabilidade), assim como o locutor não pode se dirigir a um outro de modo não expressivo; 3) por fim, também não há referência sem que o locutor considere o outro a quem se dirige, assim como o locutor não pode se dirigir ao outro sem se referir a um objeto do mundo. (SOBRAL;GIACOMELLI, 2016GIACOMELLI, , p. 1079GIACOMELLI, -1080.…”

Discursos construídos entre becos e vielas: jovens, crime e território

“…Dessa forma, a linguagem deixa de ser entendida apenas a partir de componentes formais da língua e pelas significações estáticas das palavras registradas em dicionários. Pelo contrário, aos enunciados somam-se os componentes discursivos, tornando relevante aspectos do contexto em que ele foi produzido, como o lugar, momento, interlocutores e a relação entre eles (Sobral & Giacomelli, 2016).…”