O sujeito na/da arte contemporânea nos entremeios dos discursos da/sobre arte

Abstract

Pela categoria da contradição discursiva, este artigo focaliza o sujeito na/da arte contemporânea, do lugar de entremeio de áreas do conhecimento, nos entremeios do discurso artístico e sobre o artístico, como parte das discussões que foram foco da mesa-redonda Discurso da Arte e(m) Discursos sobre a Arte, durante a realização da 3ª. JIED (Jornada Internacional de Estudos do Discurso) e do 2º. EIID (Encontro Internacional da Imagem em Discurso). Objetiva-se, na relação entre Arte e Linguística, do lugar de analista de discurso, problematizar os sentidos possíveis para esse sujeito que se constitui e transita entre a estabilização e o movimento de sentidos nos discursos artístico e sobre o artístico. Como referencial teórico, adota-se a Análise de Discurso (AD) materialista, perspectiva do filósofo francês Michel Pêcheux, em diálogo com estudos empreendidos na Arte, por Anne Cauquelin, e, em especial, por meio das relações entre Arte e Psicanálise lacaniana, promovidas por Tania Rivera.

O funcionamento do equívoco no discurso literário: literal e(é) metafórico no conto ‘O homem podre’ de Natália Borges Polesso

“…Rancière (2009a), como já dissemos, aponta como característica da arte após a revolução estética a identidade de contrários, o que podemos especificar em AD como contradição (Cf. Lara, 2016). 4 É a contradição entre a realidade e o objeto de arte, entre aquilo que esse objeto 'pensa' e aquilo que não pensa que faz do discurso artístico, em especial, da literatura, polissêmico, disruptivo em relação ao 'mundo semanticamente normal' (Cf.…”