“…No entanto, o Judiciário é inerentemente passivo e precisa ser acionado por atores externos para que tenha qualquer efeito. Por isso, o grau com que o Judiciário é invocado para servir como árbitro nos conflitos entre as forças ou instituições políticas depende não apenas da força dos tribunais, mas também, de forma mais abrangente, dos padrões da disputa política(TAYLOR, 2007, p. 231).O papel de proteção às minorias é capaz de garantir o bom funcionamento de políticas públicas, porém como esse papel só pode acionado por atores externos, torna o judiciário limitado nesse processo Sadek (2010). vislumbra sobre essa situação ao trazer os dados da Pesquisa , na medida em que "indica tanto que muitos problemas não vêm sendo resolvidos pela instituição encarregada de fazê-lo, como que outros canais podem estar ocupando este espaço"(SADEK, 2010, p.5).Tal desmotivação na procura pelo judiciário pode estar ancorada na descrença de sua eficiência, visto que muitos brasileiros apresentam o discurso que a justiça não é justa, no momento em que não é ameniza as desigualdades sociais e, principalmente, econômicas.Conforme Sadek (2010, p.9), esse reduzido percentual na utilização gratuita da justiça contribui para "propagar a imagem popular que se tem da justiça -uma justiça cara, elitista, feita para os ricos, para os que têm posse".…”