Agradeço a essa força maior que já chamei de "Deus" e hoje me parece "Indecifrável".Agradeço a todas as mulheres que antes de mim lutaram para que hoje eumulherpossa estudar, votar, me expressarenfim, ser cidadã.Agradeço a todas às Marias da minha família, minha bisa quedescobri durante uma atividade da disciplina de pedagogia socialfoi abandonada pelo marido por ser uma "chata", e desde então me permito ser chata por ancestralidade; à minha avó Maria que se indignava com o fato de que, na época dela, eram necessários cinco votos femininos para equivaler a um voto masculino. À tia Maria que saiu das Minas Gerais e veio para São Paulo abrir caminho para as outras Marias.À minha Maria preferia, a Maria Aparecida, minha mãe querida. Meu exemplo de mulher forte e batalhadora que me inspira a sempre seguir em frente, batalhar e pelejar. Formada pela Faculdade da Vida, me trouxe os ensinamentos que a Universidade não poderia me dar: "quem não sabe ter, fica sem!". Amo, e não é pouco.Às minhas irmãs Raquel e Paloma, que me fizeram perder o trono de filha única de uma vez e me promoveram à posição de irmã mais velha, posição que assumi na vida. Amo vocês, manas! Ao meu querido sobrinho Pietro, que me mostrou um amor que eu ainda não conhecia.Ao meu filho Miguel, que com toda sua generosidade, me apoia e me ensina todos os dias. Me trouxe a convicção da necessidade intersetorial da maternagem.Ao meu companheiro Rey, mestre. Parceria na vida e nada menos do que isso há 5 anos.A Ana Alice pelo AT no processo de inscrição, submissão e aprovação. (Promessa cumprida!)Às minhas queridas professoras: Marília pela acolhida na Faculdade de Saúde Pública em grupo de orientação e Carmem que desde os idos da graduação me acompanha e supervisiona. Mulheres maravilhosas, inteligentes e inspiradoras.Ao meu querido orientador Marco, que pacientemente me acolheu em seu grupo de orientados, cuidou de nós ao longo da pandemia e sempre nos deu liberdade para desenvolver os trabalhos. Obrigada pela confiança e companhia professor! Um marco na vida acadêmica.E finalmente, agradeço a todas as famílias, crianças, adolescentes e a todos e todas as profissionais da saúde, educação, assistência social e demais setores com quem tive o privilégio de atuar ao longo dos anos e me permitiram construir um olhar mais sensível e crítico para o mundo. '...fiquei pensando que em cada grande cidade existe pelo menos um monumento ao soldado desconhecido: homens que foram para a guerra e nunca voltaram. Seus corpos não identificados de quem esteve em combate, mas nunca pôde receber uma medalha. Mesmo minúsculos e parte de uma grande engrenagem muito maior do que a vida, eles puderam ser lembrados. Queria eu que em cada grande cidade, em sua praça principal, existisse um monumento para a mulher desconhecida. Aquela que lutou batalhas que jamais saberemos, mais que com suas mãos invisíveis nos trouxe até aqui, com pequenas resistências." Monumento para a mulher desconhecida (Corrêa, 2022