2019
DOI: 10.18364/rc.v1i56.315
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O quimbundo em cinco testemunhos gramaticais

Abstract: Resumo:O presente artigo tem por objetivo servir de introdução ao estudo de uma linguística africana em português, pré-saussureana, que começou a ser escrita no século XVII. Focalizou-se aqui o quimbundo, na medida em que essa língua foi objeto de descrições entre os séculos XVII e XIX, o que permite acompanhar as mudanças introduzidas na descrição linguística ao longo do período. Palavras-chave: tradição gramatical -línguas africanas -quimbundo -séculos XVII-XIX Abstract:This paper aims at introducing the stu… Show more

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“…Dadas as razões apresentadas, entendemos que a Obra Nova não consiste numa gramática semelhante àquelas apresentadas pelos jesuítas. Aliás, de acordo com Rosa (2019), aqueles religiosos tinham como objetivo estudar os vernáculos locais encontrados tendo como base a gramática latina, sendo frequente o cotejo entre as variedades descritas e a língua clássica. Em Costa Peixoto (1741), pelo contrário, não há comparações com estruturas de outras línguas, muito menos com estruturas latinas.…”
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“…Dadas as razões apresentadas, entendemos que a Obra Nova não consiste numa gramática semelhante àquelas apresentadas pelos jesuítas. Aliás, de acordo com Rosa (2019), aqueles religiosos tinham como objetivo estudar os vernáculos locais encontrados tendo como base a gramática latina, sendo frequente o cotejo entre as variedades descritas e a língua clássica. Em Costa Peixoto (1741), pelo contrário, não há comparações com estruturas de outras línguas, muito menos com estruturas latinas.…”
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“…fim de reforçarmos o entendimento de que a perspectiva excepcionalista acerca das línguas africanas estava muito presente nos trabalhos produzidos no século XIX, é importante mencionar outros casos trazidos porRosa (2019). Há, por exemplo, o trabalho do egiptólogo alemão Karl Lepsius (1880), segundo o qual as línguas dos povos hamitas, faladas no Norte da África, seriam superiores em relação às outras línguas do continente, pois seriam mais parecidas com as línguas europeias.…”
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“…Segundo alguns estudiosos, a variedade de quimbundo descrita por Dias seria, na verdade, o subdialeto Kahenda do Mbaka, variedade falada nas proximidades da missão jesuítica em Cahenda, emAngola (cf. FERNANDES, 2012;ROSA, 2019).De acordo com Fernandes (2012, p. 29), os missionários jesuítas utilizavam essa variedade linguística de maneira pedagógica, como língua geral no contato com africanos escravizados oriundos de Angola e do Congo.SegundoRosa (2019, p. 64), Pedro Dias aprendeu quimbundo sem nunca ter ido a Angola, e adquiriu a língua através dos contatos travados com outros missionários que haviam passado por aquela região africana e também com os africanos escravizados. (DIAS, 1697, p.10) Dentre os aspectos relevantes da citação de Dias, observamos que, ao afirmar que, não obstante a variação, a substância dos nomes e verbos permanece, o autor parece indicar o modelo nocional de gramática que serve de base para a sua reflexão.…”
unclassified
“…Assim, de certo modo, aqueles instrumentos linguísticos também consistiam em símbolos de uma empresa colonialista, posto que carreada pelos ímpetos de conversão religiosa(cf. FERNANDES, 2012;ABOH, 2015a;ROSA, 2019). FIGUEIREDO[...] Será que, ao citar na apresentação da Obra Nova os "casos atrozes" que os "miseráveis" têm experimentado, não estaria se posicionando para evitá-los, isto é, sua preocupação não seria impedir que os negros fossem espancados e maltratados?…”
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