Este texto aborda diferentes experiências de guarda compartilhada de objetos indígenas em instituições museológicas fora e dentro do Brasil. Discute como a responsabilidade de preservar objetos indígenas se transforma também na responsabilidade de coletar narrativas de participantes indígenas sobre o uso de tais objetos. A ausência de um protocolo indígena mais disseminado no Brasil é já uma realidade em países como os Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Seguindo os recentes andamentos deste debate, procurei refletir como a busca identitária e autodeterminação dos povos ancestrais colocam um novo marco no contexto da arte indígena contemporânea lançando alguns artistas ao protagonismo.