O modelo dos “Cinco Domínios” do bem-estar animal aplicado em sistemas intensivos de produção de bovinos, suínos e aves

Abstract

A demanda por sistemas intensivos de produção é uma realidade mundial com tendência a crescimento nas próximas décadas. No entanto, esses sistemas apresentam limitações em atender as necessidades físicas, comportamentais e psicológicas dos animais, o que pode acarretar no empobrecimento do bem-estar dos mesmos. Apesar do bem-estar animal já ser amplamente definido, sua avaliação dentro da produção animal ainda é pouco aplicada. Dentre suas formas de avaliação, o modelo dos “Cinco Domínios”, proposto por Mellor e Reid (1994), atua como um método sistemático que inclui quatro domínios físicos ou funcionais (Nutrição, Ambiente, Saúde e Comportamento) e um domínio mental (Estado Mental ou Afetivo). Este artigo descreve sucintamente as características do modelo “Cinco Domínios” e exemplifica as possíveis interações entre os domínios do bem-estar animal em três situações reconhecidamente limitantes para bem-estar dos animais de produção: restrição de espaço no confinamento de bovinos, procedimentos dolorosos no manejo de leitões e alta densidade no carregamento e transporte de frangos de corte. Nesse contexto, apesar de não ser possível incluir todos os fatores intervenientes nessa dinâmica, os exemplos apresentados mostram uma visão integrada sobre os riscos de comprometimento do bem-estar dos animais em sistemas intensivos de produção.

The importance of animal adoption in Brazil

“…Os brasileiros estão cada vez mais cientes em relação ao cuidado e ao bem-estar dos animais (Braga et al, 2018). Geralmente, o processo de adoção, realizado pelas ONGs, é bem rígido e rigoroso, mas vem dando certo, pois ajuda a conscientizar ainda mais a população.…”

Bem-Estar Animal: Sentidos Atribuídos Por Acadêmicos De Medicina Veterinária / Animal Welfare: Senses Attributed by Veterinary Academics

“…Ao longo dos anos, as exigências em torno das práticas que envolvem o bem estar dos animais na produção animal do mundo e, particularmente, do Brasil, foram sendo questionadas por uma sociedade, cada vez mais conscientizada sobre o sofrimento dos animais. Morais (2015) relatou que, nas últimas décadas, os consumidores, além de se preocuparem com a qualidade e a segurança dos alimentos, passaram dar atenção ao BEA (BRAGA et al, 2018). Em um novo cenário de exigências externas e internas, os consumidores passam a exigir melhores condições para a produção e a qualidade dos alimentos.…”

Avaliação do bem-estar animal nas operações de insensibilização e sangria de bovídeos em abatedouros no Amazonas, Brasil

“…Atualmente, as responsabilidades em torno do bem-estar animal e do abate humanitário se traduzem em normatizações técnicas, institucionalizadas, nacional e internacionalmente, do ponto de vista científico e das leis, obrigando os profissionais e a indústria a se adaptarem a um novo universo de cuidados e buscarem novas estratégias com o intuito de reordenar em termos morais e técnicos a sua forma de atuação (PERROTA, 2016). Além disso o avanço dessa ciência aguçou o senso crítico da necessidade de prevenção do sofrimento animal, adicionado ao olhar atento do consumidor, às boas práticas de produção e a preservação ambiental, sendo que o bem-estar animal agregou valor ao produto favorecendo a sua produtividade (BRAGA et al, 2018).…”