O Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica E a Incidência De Pobreza Nos Municípios De Pequeno Porte Da Região Sul Do Brasil

Abstract

A interferência das condições sociais no rendimento escolar não é novidade para a ciência. O que motiva esta investigação é a insuficiência de estudos quantitativos com os dados disponibilizados pelo IBGE e INEP referentes à educação e às condições sociais da população brasileira como ferramentas de planejamento da gestão pública. O objetivo foi analisar em que medida e intensidade as condições sociais interferem no rendimento escolar. Para tanto foi utilizado regressão linear entre as variáveis: Incidência de Pobreza e Valor médio de IDEB para municípios com menos de 10 mil habitantes e que apresentam ambas as variáveis na Região Sul do Brasil. Como resultado, os valores indicam que há uma relação inversamente proporcional, demonstrando que, conforme aumentam os valores da Incidência de Pobreza, diminuem os valores Médios do IDEB. Outro aspecto revelado na pesquisa é a diferença entre os resultados da Região Sul e da análise de cada Unidade Federativa que compõem a Região em separado, indicando fragilidade das análises estatísticas de grande proporção.

A América Latina no foco dos empresários da educação: a Rede Latino-Americana de Organizações da Sociedade Civil para a Educação – Reduca

“…Desde a criação do Sistema de Avaliação da Educação Básica -SAEB, em 1995, criado a fim de obter dados referentes ao sistema educacional, subsidiar políticas educacionais com a finalidade de promover melhorias à educação brasileira em todos os níveis, estas estiveram alinhadas às políticas advindas dos organismos internacionais, como já apresentada por Coelho (2008), Freitas (2010;, Soligo (2013), Werle (2011), Zanoto e Sandri (2018), Pasini (2020), e Pasini e Soligo (2022).…”

“…Nesse sentido, houve a intensificação dessas políticas, com a criação de avaliações que vão desde a educação infantil ao ensino superior. Essa resultou em políticas de ranqueamento, comparação de resultados sem considerar as características contextuais e educacionais de cada região ou instituição de ensino, aumentando, assim, as desigualdades educacionais (SOLIGO, 2013;PASINI, 2020). O Brasil completou quatro décadas de seu sistema de avaliação, que passou por quatro grandes atualizações.…”