O gênero Habenaria (Orchidaceae) na Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil

Abstract

A Serra da Canastra está localizada no sudoeste de Minas Gerais e situa-se dentro do domínio do Cerrado. Os estudos florísticos na região começaram na década de 1990, mas ainda estão incompletos e Orchidaceae é uma das famílias que não foram estudadas. Neste trabalho é apresentado um inventário do gênero Habenaria na Serra da Canastra. Foram registradas 28 espécies para a região, sendo que H. canastrensis e H. pseudoculicina são endêmicas restritas a área de estudo. A Serra da Canastra, com 30% do total de espécies registradas para Minas Gerais é uma das cinco unidades de conservação com maior diversidade do gênero no estado. Ocorrem na área de estudo principalmente espécies de ampla distribuição, bem como algumas espécies típicas do planalto central e outras típicas do Espinhaço, mas nenhuma espécie típica dos campos de altitude do domínio da Mata Atlântica. Palavras-chave: Cerrado, inventário florístico, taxonomia. AbstractThe Serra da Canastra is located in the southwestern part of Minas Gerais within the Cerrado Biome. The floristic studies of the region began in the 1990's but are incomplete and Orchidaceae is one of the families that were not studied yet. This work presents a survey of the genus Habenaria in Serra da Canastra. 28 species were recorded for the region, two of which, H. canastrensis and H. pseudoculicina, are endemics from the study area. 30% of the Habenaria recorded for Minas Gerais occur in Serra da Canastra and the area is one of five conservation units with the highest diversity of the genus in the state. In the study area occur mainly species with broad distribution, as well as some species typical of the central plateau or typical of the Espinhaço range, but none species typical of high altitude grasslands of the Atlantic Forest domain.

Descriptions and phylogenetic relationships of four new species and a new name of Habenaria (Orchidaceae) from the cerrado and campos rupestres of Brazil

“…H. melanopoda and related species, which are very similar ). There are no apparent morphological similarities, however, between members of this subclade, H. campylogyna, H. caldensis, and H. magniscutata, which are also very distinct from each other Carvalho et al 2013). On the other hand, there is some geographic and ecological structure in this clade, as for H. campylogyna, H. magniscutata, and H. caldensis, which are restricted to campos rupestres.…”

“…On the other hand, there is some geographic and ecological structure in this clade, as for H. campylogyna, H. magniscutata, and H. caldensis, which are restricted to campos rupestres. All three species occur (and are commonly sympatric) in the Espinhaço Range of Minas Gerais state (Munhoz 2007), whereas the latter two also occur sympatrically in the highlands of Central Brazil (Munhoz and Proença 1998;Batista et al 2004) and the Serra da Canastra Range (Carvalho et al 2013). leaves 8-50 9 1.5-2.0 mm; pedicellate ovary 8-15 mm long; lip median segment 3.0-5.0(-6.0) 9 0.8(-1.0) mm; spur 8-15 mm long, deflexed to curved forward ………………………… H. irwiniana 4b.…”

Synopsis of Orchidaceae Juss. in the northern lowland Atlantic Forest

“…Distribution, ecology and conservation status: Habenaria obtusa is widely distributed in Brazil, Colombia, Equador, Guyana, Paraguay, Peru, Suriname, and Venezuela (Batista et al 2011b;Carvalho et al 2013). In Brazil, it occurs in the Amazon, Atlantic Forest and Caatinga, in all regions (Batista et al 2011b;BFG 2015).…”

“…It is being registered as occurring in Rio Grande do Norte for the first time. According to Carvalho et al (2013), H. petalodes is one of the few species of Habenaria that benefits from anthropic modifications in natural environments and is often found at the side of roads and occasionally in pastures and other man-made areas. The conservation status of H. petalodes was not evaluated (NE) by CNCFlora.…”

Verbenaceae no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil

“…Em Minas Gerais, o Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) está representado por várias fitofisionomias típicas do Cerrado e tem sido alvo de estudos florísticos (p. ex. Romero & Nakajima 1999;Nakajima & Semir 2001;Romero & Martins 2002;Farinaccio & Mello-Silva 2004;Scudeller 2004;Pontes & Mello-Silva 2005;Filardi et al 2007;Carvalho-Silva & Guimarães 2009;Hemsing & Romero 2010;Carvalho et al 2013;Morokawa et al 2013) que demonstram uma flora bastante diversa e com altos índices de endemismo. Dando continuidade a estes estudos, apresenta-se o tratamento florístico dos táxons de Verbenaceae que ocorrem no PNSC, contribuindo para o seu manejo, e a conservação dos cerrados e campos rupestres de Minas Gerais.…”