1994
DOI: 10.1590/s0103-40141994000100016
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Abstract: O futuro dos índios no Brasil dependerá de várias opções estratégicas, tanto do Estado brasileiro e da comunidade internacional quanto das diferentes etnias. Trata-se de parceria. As populações indígenas têm direito a seus territórios por motivos históricos, que foram reconhecidos no Brasil ao longo dos séculos. Mas estes direitos não devem ser pensados como um óbice para o resto do Brasil: ao contrário, são um pré-requisito da preservação de uma riqueza ainda inestimada mas crucial, a biodiversidade e os conh… Show more

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“…Manuela Carneiro da Cunha (1994) deixa-nos entrever as linhas abissais 13 que profundamente marcam as diretrizes do indigenismo brasileiro até então -linhas essas que marca(ra)m o indígena como ser em transição, fadado a abandonar sua identidade e integrar-se à "comunhão nacional", conforme a necessidade estatal que se apresentar. Ao mesmo tempo, também usamos as linhas abissais porque, onde há linha, há para nós as noções de fuga, de Deleuze e Guattari (1995), de que as inter-relações tendem a disparar o agenciamento dos movimentos capilares que não necessariamente percebemos que provocamos, e que são capazes, em si, de transbordarem as contenções pretensas da estrutura do aparelho de Estado.…”
Section: Destacaramunclassified
“…Manuela Carneiro da Cunha (1994) deixa-nos entrever as linhas abissais 13 que profundamente marcam as diretrizes do indigenismo brasileiro até então -linhas essas que marca(ra)m o indígena como ser em transição, fadado a abandonar sua identidade e integrar-se à "comunhão nacional", conforme a necessidade estatal que se apresentar. Ao mesmo tempo, também usamos as linhas abissais porque, onde há linha, há para nós as noções de fuga, de Deleuze e Guattari (1995), de que as inter-relações tendem a disparar o agenciamento dos movimentos capilares que não necessariamente percebemos que provocamos, e que são capazes, em si, de transbordarem as contenções pretensas da estrutura do aparelho de Estado.…”
Section: Destacaramunclassified
“…En un ensayo llamado "El futuro de la cuestión indígena", la antropóloga Manoela Carneiro da Cunha (2001), a quien mencioné anteriormente, defendió la necesidad de "un nuevo pacto con las poblaciones indígenas" y señaló la "sociodiversidad" como "condición de supervivencia" para el mundo. La sociodiversidad sería un capital invaluable para el mundo contemporáneo, inclusive como fuente de conocimiento a partir de los llamados "saberes indígenas".…”
Section: MCMunclassified
“…Segundo a definição de cultura de Eduardo Viveiros de Castro (2002: 209), é "um conjunto de estruturações potenciais da experiência, capaz de suportar conteúdos tradicionais variados e de absorver novos". Essa perspectiva aproxima-se da noção de identidade elaborada por Manuela Carneiro da Cunha (1994): ... pode-se entender a identidade como sendo simplesmente a percepção de uma continuidade, de um processo, de um fluxo, em suma, uma memória. A cultura não seria, nessa visão, um conjunto de traços dados, e sim a possibilidade de gerá-los em sistemas perpetuamente cambiantes.…”
Section: O Reinado Da Boa Vistaunclassified