“…5) inerente ao modo de ser do homem, ou seja, tanto da política institucionalizada, como da socialmente experimentada. Para dizer de outro modo, Gramsci imaginava a política como "ética do coletivo" (Buey, 2001), já que se destinava a viabilizar uma integração da virtude privada e da virtude pública, dos interesses particulares e da vontade geral, do Estado e da sociedade, em suma, a possibilitar uma dissolução das distinções entre governantes e governados, "simples" e intelectuais (Tortorella, 1998). A política, para ele, vista como mundo político e como atividade política, representava o "meio" que viabilizava a "catarse", ou seja, "a passagem do momento meramente econô-mico (ou egoístico-passional) ao momento ético-político, isto é, a elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência dos homens" (Gramsci, 1999, p. 314).…”