Resumo O político, filósofo e militante Antonio Gramsci trouxe contribuições para a teoria marxista ao considerar os elementos históricos que permeavam a Itália em sua época, ampliando, deste modo, as categorias e conceitos marxistas. Nesse sentido, este ensaio tem por objetivo refletir sobre o método em Gramsci, o qual considera método o conjunto traduzido na concepção de mundo e na teoria do conhecimento. Tal compreensão gramsciana eleva a filosofia das práxis acima do materialismo determinístico e supera o idealismo especulativo que concebe a história apenas abstratamente. Portanto, o método em Gramsci consiste em levar adiante as dimensões da subjetividade da filosofia moderna, porém, voltando-se sempre para a transformação das estruturas, da consciência nunca separada dos condicionamentos sociais e dos conflitos de classes no âmbito do processo histórico. A metodologia deste trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica a partir de autores marxistas que possuem suporte teórico gramsciano.
Este artigo tem como objetivo discutir a íntima relação entre educação e trabalho e como ocorreu a sua separação. Isto é, compreender a cisão na unidade educação antes identificada com o processo do trabalho e agora dividida entre a educação propedêutica e a técnica engendrada pelo capital. Para tanto, é necessário compreender que a educação contribui para a conservação da sociedade ao reproduzir seus conteúdos ideológicos. Dessa maneira, o processo de institucionalização da educação acontece correlato ao processo de surgimento da divisão do trabalho. A separação da educação e trabalho teve uma dupla manifestação: a proposta dualista de escolas profissionais para os trabalhadores e escola de ciências e humanidades para os futuros dirigentes; e a proposta de escola única diferenciada, que efetuava internamente a distribuição dos educandos segundo as funções sociais para as quais se os destinavam em consonância com as características que geralmente decorriam de sua origem social, portanto, reforça a sociedade de classes.
Este artigo parte da metáfora do Centauro maquiavélico para desenvolver algumas reflexões sobre a crise orgânica vivida no Brasil nesta segunda década do século XXI. O referencial teórico se concentra na obra de Antonio Gramsci, tendo como base o conceito de hegemonia para explicitar características da luta de classes, renovada em suas novas dimensões políticas e ideológicas. Na primeira parte retomamos dados históricos explicitando as políticas imperialistas e as novas características da luta de classes, principalmente com a acentuação do fascismo. Em seguida, abordamos a questão da hegemonia expressa no equilíbrio entre força e consenso, mas também como superação da violência pela civilidade, fator acentuado por Maquiavel na política aconselhada ao Príncipe.
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