O objetivo deste artigo é apresentar alguns dados referentes à variação diacrônica na fala de jovens e de adultos, na cidade de Ipiranga do Piauí, e destacar como se dá a construção de sentido das expressões porra, caralho e foda na fala desses informantes. A metodologia empreendida neste trabalho se deu por meio de um estudo bibliográfico, com base, principalmente, em Calvet (2003), Labov (2008), Guérius (1956), Martellota (2018). Fizemos, ainda, uma pesquisa qualitativa, com a aplicação de um questionário, a fim de obter, dos participantes, informações acerca do uso das expressões supramencionadas, além extrair informações a respeito dos seus ambientes de interação e se esse também se enquadrava como um dos fatores responsáveis pela variação. Concluímos, assim, que a variação entre esses grupos intensifica o preconceito linguístico entre eles, em virtude da falta de conhecimento relacionado à variabilidade e à heterogeneidade da língua.