2011
DOI: 10.1590/s1679-39512011000100009
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O discurso da empregabilidade: o que pensam a academia e o mundo empresarial

Abstract: A preocupação com a empregabilidade é resultado das novas exigências feitas aos trabalhadores, por parte das organizações. Sabe-se, contudo, que o entendimento acerca do tema é bastante diverso e controverso. Nesse contexto, este artigo busca entender como o termo tem emergido e ganho força, tanto no meio acadêmico quanto no empresarial. Para isso, foi feita uma pesquisa qualitativa com profissionais e acadêmicos de recursos humanos, em Belo Horizonte-MG, bem como foram analisados dados secundários em publicaç… Show more

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“…Convém destacar, entretanto, que seu surgimento é relativamente recente". Empregabilidade "reflete o agravamento da crise pela qual passa o mercado de trabalho em todo mundo, em função da diminuição do número de empregos formais e do aumento dos níveis de desemprego e de trabalho informal" (Helal e Rocha, 2011).…”
Section: Empregabilidadeunclassified
“…Convém destacar, entretanto, que seu surgimento é relativamente recente". Empregabilidade "reflete o agravamento da crise pela qual passa o mercado de trabalho em todo mundo, em função da diminuição do número de empregos formais e do aumento dos níveis de desemprego e de trabalho informal" (Helal e Rocha, 2011).…”
Section: Empregabilidadeunclassified
“…O alinhamento da Instituição de EPT com o setor produtivo deve ocorrer regularmente para que eventuais ajustes ocorram e o CST se mantenha adequado às exigências de mercado, atingindo assim seus propósitos e finalidades (HELALI, 2011). Nesses encontros, é possível mapear as necessidades de inserção/retirada/revisão de Hard e Soft Skills as quais podem variar de importância de curso para curso.…”
Section: A Inserção Das Soft Skills Nos Cst Do Cps: Os Trendsettersunclassified
“…Como forma de amenizar e suportar tais condições, o sequestro da subjetividade dos trabalhadores se apresenta tanto como uma ação organizacional para controle e orientação dos comportamentos individuais, quanto uma solução, do ponto de vista do trabalhador, diante de tantas incertezas. Assim, neste novo modelo de trabalho o valor individual depende e mantêm-se diretamente associado à capacidade individual de adequação às necessidades organizacionais em constante mudança, orientando sua dedicação para atividades que proporcionem benefícios organizacionais, a partir da perspectiva utilitarista e financeira (ANTUNES, 2000;MENEGHETTI, 2007;HELAL;ROCHA, 2011;ALVES, 2014;LINHART, 2014). Complementarmente, foi observado que tal sequestro ou captura da subjetividade apoiar-se--ia necessariamente sob práticas ideológicas, voltadas para alienação e exercício de controle e dominação dos trabalhadores (FARIA; MENEGHETTI, 2007;PAGÈS et al, 2008;ALVES, 2014;GAULEJAC, 2014).…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Assim, com base nas perspectivas teóricas apresentadas, neste artigo buscou-se evidenciar a concepção de que a meritocracia contemporânea, ao menos no âmbito organizacional, se apresenta como representação ideológica para manipulação e exploração dos funcionários. Tal perspectiva se apoia sobre a compreensão de que, uma vez que os parâmetros para a definição e exigência do mérito são estabelecidos independentemente das capacidades individuais (relativo à dimensão afirmativa destacada), a compreensão contemporânea da meritocracia estimularia a competição individual sem limites, impondo aos funcionários responsabilização pelo próprio desempenho profissional e pelos resultados organizacionais, levando assim ao aumento da exploração dos trabalhadores e dos níveis de sofrimento e estresse dos funcionários, em favor dos interesses organizacionais (FARIA; MENEGHETTI, 2007;HELAL;ROCHA, 2011;ALVES, 2014;LINHART, 2014). Corrobora para tal reflexão o fato de não serem levados em consideração barreiras históricas e socioculturais na concepção sobre o mérito, impossibilitando o enquadramento de alguns grupos de indivíduos às premissas estabelecidas pelos interesses organizacionais, levando à errônea percepção de incapacidade pessoal e até mesmo limitações biológicas (FORSTER;TSARFATI, 2005;ARRUDA et al, 2006;CASTILLO;BERNARD, 2010;ALLEN, 2011;2012).…”
Section: Considerações Finaisunclassified