2010
DOI: 10.1590/s0104-12902010000100002
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O diálogo interdisciplinar na abordagem dos riscos: limites e possibilidades

Abstract: ResumoEste artigo busca analisar, de forma introdutória, os limites e as possibilidades de diálogo da antropologia com a área da saúde nas abordagens teórica e prática dos riscos. Sabe-se de antemão da dificuldade de se abordar um tema complexo, como o da exposição aos riscos, que apresenta diferentes implicações teóricas para as áreas de conhecimento citadas, além de implicações práticas para as ações que visam à prevenção de riscos. O objetivo é indicar algumas questões do debate teórico sobre o tema, realiz… Show more

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“…Ao se tomarem esses temas exclusivamente sob o ponto de vista das ciências biológicas, corre-se o risco de se ver imposto problemáticas e quadros conceituais submissos às demandas de intervenção. A hegemonia do conceito de «exposição a riscos» na área da saúde 15 , reificado pela abordagem epidemiológica, dificulta sobremaneira o exercício da reflexão antropológica. Para Bourdieu 16 , isso implica se tornar prisioneiro dos determinismos, conflitos ideológicos, investimentos sobre as palavras que servem para designar, nomear e normatizar o mundo social e impor o seu ponto de vista.…”
Section: A Escolha Pelo "Social"unclassified
“…Ao se tomarem esses temas exclusivamente sob o ponto de vista das ciências biológicas, corre-se o risco de se ver imposto problemáticas e quadros conceituais submissos às demandas de intervenção. A hegemonia do conceito de «exposição a riscos» na área da saúde 15 , reificado pela abordagem epidemiológica, dificulta sobremaneira o exercício da reflexão antropológica. Para Bourdieu 16 , isso implica se tornar prisioneiro dos determinismos, conflitos ideológicos, investimentos sobre as palavras que servem para designar, nomear e normatizar o mundo social e impor o seu ponto de vista.…”
Section: A Escolha Pelo "Social"unclassified
“…(BARLACH, 2005;MASTEN, 2007) Esta capacidade é denominada, pelo movimento da psicologia positiva (PALUDO; KOLLER, 2007), como o fenômeno da resiliência humana, o qual está alicerçado nos fatores de proteção internos -denominados de coping -e externos -denominados de buffers -que a pessoa lança mão frente a um fator de risco. (BARLACH;MALVEZZI, 2010;REPPOLD et al, 2012) Os fatores de proteção atuam na redução do desequilíbrio emocional vivenciado pelas pessoas frente à situação adversa, ou seja, um fator de risco (JEOLÁS, 2010), pois lhes dão condições para o enfrentamento dos impactos gerados pela situação. (COWAN; COWAN; SCHULZ, 1996; SCHOLZ; BLUMER; BRAND, 2012) Entre alguns exemplos de fatores de proteção internos e externos estão: a autonomia do indivíduo; sua autoestima; autodeterminação; respeito; reconhecimento; participação da família; amigos; esperança; delimitação de significados para a vida; a preservação de sua identidade; as crenças individuais; autoafirmação; e fé.…”
Section: Enfrentando Situações Adversas No Ambiente De Trabalhounclassified
“…Sendo o risco um processo que gera transformações nas pessoas, Jeolás (2010), acrescenta que existem diversas maneiras de se vivenciar e expressar o risco, ou seja, existem diversas formas do risco se manifestar e serem significadas ao longo da vida. Por exemplo, existem formas de manifestação do risco que são mais calculadas, planejadas e procuradas, tal como quem opta por praticar esportes radicais; outras formas já são causadas por vulnerabilidades sociais e individuais, dentre elas o risco das drogas e da gravidez na adolescência; já outras maneiras são negadas e não desejadas pelos indivíduos, como a violência urbana; e também existem outras formas de manifestação do risco que são aceitas e até mesmo valorizadas socialmente tal como as competições esportivas que exigem abrupto contato físico, como os combates de lutas marciais.…”
Section: O Risco Na Vida Contemporâneaunclassified