O despotismo fabril: violência e poder numa empresa industrial do calçado

Abstract

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Mulheres sindicalistas de Abril: ausências, insurgências e emergências

“…Há experiências de classe semelhantes registradas em importantes obras sobre as condições de vida dos trabalhadores e das trabalhadoras no período anterior à Revolução dos Cravos, desde pesquisas acadêmicas como os livros Entre a fábrica e a comunidade (Estanque, 2000) e Proteção e direitos das mulheres trabalhadoras em Portugal (Baptista, 2016) a produções ficcionais como Memória e vida de tempos de Abril (Maurício, 2016), entre tantas outras.…”

“…Sobre a organização das mulheres em Portugal, notadamente a sua participação no associativismo mutualista, verBaptista (2012) e Baptista e Alves (2022).18 Era proibido o trabalho feminino na diplomacia, na magistratura, no serviço militar e existiam restrições para mulheres casadas trabalharem como enfermeiras, hospedeiras do ar ou telefonistas. As professoras, por sua vez, precisavam de autorização do Ministro da Educação Nacional para contrair casamento (URAP, 2021).19 Excelentes registros neste sentido podem ser encontrados na obra de ElísioEstanque (2000) sobre a subjetividades e práticas do operariado de São João da Madeira, entre as quais se observa a naturalização da diferenciação de salários entre homens e mulheres nas reivindicações das associações de classe nas primeiras décadas do século passado.…”

Conflitos trabalhistas nas obras do PAC

“…Com o objetivo de analisar as relações de trabalho e a mobilização operária no capitalismo do século XX, Michael Burawoy (1979Burawoy ( e 1985 empreende uma análise das relações de produção, mas também das relações na produção, ou seja, aborda um conjunto de elementos que interferem na produção capitalista (ESTANQUE, 2005).…”