“…Oficina 2: Depois do arco-íris, posso ser o que quiser? Responsável: Maria Efigenia Ribeiro Pereira.Objetivos: refletir sobre os diferentes discursos que se colocam em disputa na concepção de família e infância; refletir sobre a produção heteronormativa binária dos corpos, da sexualidade, das identidades, do gênero etc., nos meandros curriculares na escola; refletir sobre os processos de classificação da normalidade e do desvio.Atividades desenvolvidas: a partir da leitura compartilhada do livro "O menino que brincava de ser", da escritora Georgina daCosta Martins (2000), e do vídeo "BR TRANS -Teaser" 11 , foi possível realizar a reflexão sobre as temáticas do corpo, gênero, raça, sexualidade etc., com a comunidade participante da UPA-2022.A oficina se estruturou como uma possibilidade pedagógica interdisciplinar para reflexão do gênero e da sexualidade com estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares, seus responsáveis, e docentes durante a UPA-2022.No ensino de história e nas práticas curriculares interdisciplinares, o gênero e a sexualidade se colocam como questões urgentes e atuais para a educação básica brasileira, no sentido de questionar estruturas, modelos e concepções de educação que reforcem estereótipos, preconceitos e discriminações relacionados à identidade de gênero e orientação sexual de crianças, jovens e adultos em processos de escolarização.Assim, a Mediação de Leitura e a Contação de Histórias são instrumentos didáticos pedagógicos motivadores ao ensino de conceitos, conteúdos e práticas comprometidas com a construção dos Direitos Humanos em todas as suas dimensões.Guacira LopesLouro (2000) aponta o papel da instituição escolar como território fecundo e competente para o desenvolvimento de concepções curriculares e práticas pedagógicas que objetivam a construção, normatização e legitimação de identidades de gênero e sexual fixas, binárias e excludentes, corroborando com as desigualdades de raça, classe, gênero, sexualidade etc. ParaLouro (2007, p. 204) "as formas de viver a sexualidade, de experimentar prazeres e desejos, mais do que problemas ou questões de indivíduos, precisam ser compreendidas como problemas ou questões da sociedade e da cultura".…”