O árbitro de futebol e a importância dos aspectos psicológicos: olhares da psicologia do esporte

Abstract

<jats:p>Designados para impor e fazer valer as regras do jogo durante uma partida, os árbitros sofrem uma pressão vinda de todos os lados, pois diferente dos jogadores, um único erro pode lhe custar caro. Diante disso, o presente estudo objetiva organizar conteúdos acerca das habilidades psicológicas necessárias para o bom desempenho do árbitro de Futebol, propondo estratégias de melhoria das habilidades psicológicas junto aos árbitros de Futebol. Assim, este estudo é caracterizado como um estudo bibliográfico de caráter descritivo-propositivo. Na organização de conteúdos, observou-se que a preparação psicológica deve fazer parte da preparação do mesmo, assim como a preparação física, ou seja, o árbitro deve estar bem fisicamente e psicologicamente, apresentando qualidades psicológicas que lhe ajudem a enfrentar toda a demanda psicológica negativa que uma partida de Futebol possa causar. Além disso, a preparação física contribuirá com o bom desempenho do árbitro, pois o mesmo poderá se posicionar adequadamente para observar o lance, diminuindo a dúvida sobre o ocorrido e, consequentemente, diminuindo a carga psicológica na tomada de decisão. Assim, conclui-se que as habilidades psicológicas, se trabalhadas de forma adequada, só favorecem o trabalho do árbitro de Futebol, levando-o ao sucesso.</jats:p>

Aspectos psicológicos de árbitros de futebol: revisão sistemática

“…O árbitro de futebol tem função relevante na condução das regras do esporte ao fazer cumpri-las por todos envolvidos. O aumento significativo da intensidade nas ações dos atletas durante as partidas elevou os níveis de exigência quanto às capacidades físicas e psicológicas de árbitros e assistentes, passando a ser objeto de vários estudos (CRUZ et al, 2018).…”

“…Além das capacidades físicas e fisiológicas, no futebol de alto rendimento os fatores psicológicos têm importância no desempenho dos árbitros (CRUZ et al, 2018). Desse modo, pesquisadores tem investigado a ansiedade (JOHANSEN;HAUGEN, 2013), estados de humor (RIBEIRO et al, 2012), burnout (PEDROSA; GARCIA-CUETO, 2016), estresse (MATHERS, BRODIE, 2011), valorização dos árbitros por méritos (SEYDI; HAKAN; HANDI, 2013), paixão (PHILIPPE et al, 2009), e satisfação (CAN et al, 2014), como aspectos decisivos no desempenho dos mesmos em uma partida (BEDIOU et al, 2011).…”

Ciências do Esporte e Educação Física: contribuições contemporâneas em pesquisa

“…No estudo de Hernández, Torres-Luque e Olmedilla (2009) em judocas, Vigor também foi uma das dimensões com maior variabilidade, sendo que na última semana competitiva ocorreu uma queda de aproximadamente 32,5%. Mas, a existência de picos de fadiga em dias distintos, como verificado anteriormente, somado a dificuldade de se manter dentro do intervalo estabelecido para a zona-alvo durante todos os dias, pode indicar também, segundoBrandt (2010) um mal preparo físico ou treinamento inadequado para a competição ou ainda alterações nos padrões de sono Cruz et al (2018). destacam que o cansaço físico durante a partida pode fazer com que os árbitros se desloquem menos e apitem distantes dos locais das faltas ou ainda deixar de sinalizar infrações.…”