“…Numa perspectiva dos direitos humanos, as decisões referentes à sexualidade e à reprodução são entendidas como um direito fundamental dos indivíduos, cabendo ao Estado garanti-las e promover as condições para que os segmentos mais vulneráveis da população possam tomar decisões de forma mais autônoma (HEILBORN et al, 2006).…”
Section: Direitos Reprodutivos Gênero E Educaçãounclassified
Sabe-se que atualmente a sexualidade juvenil ainda é tratada como um problema por diversas instituições, notadamente as que são voltadas para a saúde e educação. Nesse sentido, jovens tornam-se alvo de ações políticas que visam a ‘prevenção’ de riscos sociais no âmbito da sexualidade e da reprodução. Neste trabalho, compreendemos as jovens e os jovens como sujeitos de direitos, inclusive os sexuais e reprodutivos, pensados como parte integrante dos direitos humanos. Eles congregam a sua formação, informação, diálogo, contextualização, reivindicação e organização para elaborar projetos e estratégias de luta. Avaliamos que as instituições educacionais, em todos os níveis de ensino, têm um papel fundamental no enfrentamento às violações de tais direitos, visto que podem participar da formação para a vivência de uma sexualidade que tenha como fundamento o ideário de responsabilidade, autonomia e integridade dos sujeitos. Nesse sentido, apresentaremos alguns resultados e análises de duas pesquisas que objetivaram conhecer a abordagem dos direitos reprodutivos realizada na produção de materiais didáticos elaborados para subsidiar ações educativas para a juventude, os quais foram produzidos em instituições do ensino superior e ONGs.
“…Numa perspectiva dos direitos humanos, as decisões referentes à sexualidade e à reprodução são entendidas como um direito fundamental dos indivíduos, cabendo ao Estado garanti-las e promover as condições para que os segmentos mais vulneráveis da população possam tomar decisões de forma mais autônoma (HEILBORN et al, 2006).…”
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Sabe-se que atualmente a sexualidade juvenil ainda é tratada como um problema por diversas instituições, notadamente as que são voltadas para a saúde e educação. Nesse sentido, jovens tornam-se alvo de ações políticas que visam a ‘prevenção’ de riscos sociais no âmbito da sexualidade e da reprodução. Neste trabalho, compreendemos as jovens e os jovens como sujeitos de direitos, inclusive os sexuais e reprodutivos, pensados como parte integrante dos direitos humanos. Eles congregam a sua formação, informação, diálogo, contextualização, reivindicação e organização para elaborar projetos e estratégias de luta. Avaliamos que as instituições educacionais, em todos os níveis de ensino, têm um papel fundamental no enfrentamento às violações de tais direitos, visto que podem participar da formação para a vivência de uma sexualidade que tenha como fundamento o ideário de responsabilidade, autonomia e integridade dos sujeitos. Nesse sentido, apresentaremos alguns resultados e análises de duas pesquisas que objetivaram conhecer a abordagem dos direitos reprodutivos realizada na produção de materiais didáticos elaborados para subsidiar ações educativas para a juventude, os quais foram produzidos em instituições do ensino superior e ONGs.
“…Muitos adolescentes não conversaram com seus parceiros sexuais sobre contraceptivos antes da primeira relação sexual (41% das pessoas do sexo masculino e 62% das pessoas do sexo feminino tiveram esse tipo de conversa). Apenas 70% das pessoas do sexo masculino e 68% das pessoas do sexo feminino utilizaram contracepção ou preservativo na primeira relação sexual [Heilborn 2006]. Os dados acima e a Tabela 1 ressaltam a vulnerabilidade dos adolescentes às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a necessidade de investimento em estratégias para minimizar ou solucionar esse problema de saúde pública.…”
Este artigo apresenta o jogo Colonizando, criado para sensibilizar os adolescentes sobre os riscos de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, promovendo uma educação sexual emancipatória. Sua estratégia, desenvolvida sob a perspectiva CienciArte, é considerada eficaz devido à capacidade dos jogos de facilitar a imersão do público-alvo no tema, ao motivá-los a superar desafios em um contexto seguro e voluntário. A vivência proporcionada pelo jogo, combinada com uma mediação adequada, incentiva o diálogo e reflexão. Essa experiência pode motivá-los a adotar comportamentos sexuais responsáveis.
“…Os quatro artigos que compõem este dossiê preenchem uma lacuna importante e contemplarão os.as leitores.as de Saúde e Sociedade com significativa atualização no âmbito da tradição das pesquisas brasileiras dedicadas às políticas públicas de proteção e promoção da saúde integral de adolescentes e jovens. Quase duas décadas depois da publicação, em livro, dos resultados da investigação sobre sexualidade e reprodução que marcou época e ficou conhecida como "Pesquisa GRAVAD" (Heilborn et al, 2006), algumas de suas pesquisadoras retomaram a tarefa de atualizar a metodologia socioantropológica utilizada e, revigorando sua perspectiva teórica, discutir mudanças e permanências nas trajetórias sexuais e reprodutivas de jovens brasileiros.as da "era digital".…”
unclassified
“…A experiência e contribuição do GRAVAD já permitiram a esse campo de pesquisas brasileiras superar a fabricação das representações sobre uma sexualidade brasileira altamente erotizada 1 e a visão de que o problema seria a alta fecundidade entre as mais jovens -assim que se discutiu seus resultados, contrastando-os e discutindo a diminuição do número de filhos entre as mulheres mais velhas 2 (Camarano, 1998;Santos Júnior, 1999). Os artigos deste dossiê, mais uma vez, deslocam a preocupação centralizada exclusivamente na gravidez da menina adolescente, que somada à emergência do tema do abuso sexual, seguiu como núcleo organizador do esforço das políticas públicas do paradigma conservador que a ex-ministra Damares representou tão bem na presidência de Bolsonaro (2019Bolsonaro ( -2022.…”
1 O projeto contou com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): "Juventude, sexualidade e reprodução: um estudo sobre mudanças e permanências nas trajetórias sexuais e reprodutivas de jovens brasileiros no cenário de relações sociais mediadas pelas redes sociais" (431393/2018-4) e "Sociabilidade juvenil, práticas sexuais e proteção à saúde: desafios para a prevenção do HIV/Aids em jovens da era digital" (442878/2019-2).
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