Abstract:Sabe-se que atualmente a sexualidade juvenil ainda é tratada como um problema por diversas instituições, notadamente as que são voltadas para a saúde e educação. Nesse sentido, jovens tornam-se alvo de ações políticas que visam a ‘prevenção’ de riscos sociais no âmbito da sexualidade e da reprodução. Neste trabalho, compreendemos as jovens e os jovens como sujeitos de direitos, inclusive os sexuais e reprodutivos, pensados como parte integrante dos direitos humanos. Eles congregam a sua formação, informação, d… Show more
“…O foco das políticas de prevenção à gravidez recai, ainda, sobre as mulheres, isentando os homens da responsabilidade. Percebe-se uma dicotomia que concebe a sexualidade como esfera masculina e a reprodução como esfera feminina (Moreira, Torres & Bezerra, 2016).…”
O presente artigo traz um relato de experiência de estágio em Psicologia Social, realizado com aproximadamente 80 jovens, como idades entre 14 e 19 anos. As atividades foram realizadas por meio de módulos temáticos e a presente produção versará sobre o encontro temático que abordou questões relacionadas a sexualidade na juventude. Como metodologia para a realização do encontro, abordamos os assuntos com o auxílio de recursos audiovisuais e dinâmicas psicoeducativas, assim, direcionando o encontro de acordo com as dúvidas e inquietações dos/as próprios/as jovens. A maioria dos/as participantes afirmou que a sexualidade é tratada de maneira diferente para os homens e mulheres. Foi possível perceber a culpabilização da mulher por uma gravidez não planejada. Além disso, muitos jovens percebem a gravidez na adolescência não como algo somente negativo, mas como possibilitador da reestruturação de vivências. A sexualidade na juventude mostrou-se como elemento produtor de identidade marcado por questões de gênero. Entende-se aqui, a importância de ampliar discussões sobre as temáticas considerando os marcadores analíticos de gênero e geração, abrindo mão assim de moralidades conservadoras que levam a perpetuação das desigualdades entre homens e mulheres.
“…O foco das políticas de prevenção à gravidez recai, ainda, sobre as mulheres, isentando os homens da responsabilidade. Percebe-se uma dicotomia que concebe a sexualidade como esfera masculina e a reprodução como esfera feminina (Moreira, Torres & Bezerra, 2016).…”
O presente artigo traz um relato de experiência de estágio em Psicologia Social, realizado com aproximadamente 80 jovens, como idades entre 14 e 19 anos. As atividades foram realizadas por meio de módulos temáticos e a presente produção versará sobre o encontro temático que abordou questões relacionadas a sexualidade na juventude. Como metodologia para a realização do encontro, abordamos os assuntos com o auxílio de recursos audiovisuais e dinâmicas psicoeducativas, assim, direcionando o encontro de acordo com as dúvidas e inquietações dos/as próprios/as jovens. A maioria dos/as participantes afirmou que a sexualidade é tratada de maneira diferente para os homens e mulheres. Foi possível perceber a culpabilização da mulher por uma gravidez não planejada. Além disso, muitos jovens percebem a gravidez na adolescência não como algo somente negativo, mas como possibilitador da reestruturação de vivências. A sexualidade na juventude mostrou-se como elemento produtor de identidade marcado por questões de gênero. Entende-se aqui, a importância de ampliar discussões sobre as temáticas considerando os marcadores analíticos de gênero e geração, abrindo mão assim de moralidades conservadoras que levam a perpetuação das desigualdades entre homens e mulheres.
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