“…Sob esse aspecto, uma das falas mostra-se condizente com perspectivas apresentadas na literatura (Mendes, 2015;Padilha et al, 2018), pois aborda nas iniciativas de gestão da clínica estratégias para ordenação da atenção à saúde através de ações orientadas pelas necessidades de saúde, proporcionando melhorias assistenciais contínuas e resolutivas. Esse é um dado a ser destacado porque, na realidade brasileira, especialmente no âmbito da APS, em que as condições de trabalho mostram-se inadequadas, com orientação de trabalho curativista e individual (Lanzoni, Meirelles & Cummings, 2016), faz-se necessário superar a fragmentação dos processos de trabalho, das relações entre os profissionais e da compreensão de saúde (Galavote et al, 2016), mediante emprego de estratégias que induzam novas formas de conviver e de se relacionar coletivamente, favorecendo o cuidado empreendedor (Backes et al, 2020) e a mobilização propositiva de recursos em prol de melhores práticas (Ferreira et al, 2016;Dal Molin et al, 2019;Richter et al, 2019).…”