2018
DOI: 10.11606/issn.2176-9419.v20i1p31-46
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Nomes deverbais não sufixados e os equívocos da falsa “derivação regressiva” no português brasileiro e europeu

Abstract: Nomes deverbais não sufixados e os equívocos da falsa "derivação regressiva" no português brasileiro e europeu Deverbal not suffixed nouns and the misconceptions of the false "backformation" in Brazilian and European Portuguese Resumo: A formação de nomes deverbais não sufixados, como afronta, ajuste, despiste, desvio, embarque, engorda, esforço, gargarejo, murmurejo, passeio, voo, tem sido objeto de análises de natureza díspar, no que tange ao seu embasamento teórico e metodológico, à sua história, ao seu m… Show more

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“…Existirão várias explicações para a pouca atratividade da investigação sobre a formação de palavras em língua não materna (L2) 3 : em primeiro lugar, o facto de não ser um domínio da atividade linguística em que os aprendentes produzam um grande número de erros/desvios; em segundo lugar, o caráter menos regular da formação de palavras se comparada com a flexão. De facto, no domínio morfológico, a regularidade formal e semântica tende a ser vista como uma característica prototípica da flexão; a derivação, caracterizada por relações de muitos-para-muitos, é mais variável e escalar em termos de (ir)regularidade semântica e morfofonológica (Plag & Balling, 2020;Rio-Torto, 2002). Na maior parte dos paradigmas derivacionais, encontramos palavras que instanciam esquemas formativos diversos (afixais e não afixais) com diferente representatividade e produtividade na língua portuguesa (Rio-Torto, 1998;Rodrigues, 2016a).…”
Section: Introductionunclassified
“…Existirão várias explicações para a pouca atratividade da investigação sobre a formação de palavras em língua não materna (L2) 3 : em primeiro lugar, o facto de não ser um domínio da atividade linguística em que os aprendentes produzam um grande número de erros/desvios; em segundo lugar, o caráter menos regular da formação de palavras se comparada com a flexão. De facto, no domínio morfológico, a regularidade formal e semântica tende a ser vista como uma característica prototípica da flexão; a derivação, caracterizada por relações de muitos-para-muitos, é mais variável e escalar em termos de (ir)regularidade semântica e morfofonológica (Plag & Balling, 2020;Rio-Torto, 2002). Na maior parte dos paradigmas derivacionais, encontramos palavras que instanciam esquemas formativos diversos (afixais e não afixais) com diferente representatividade e produtividade na língua portuguesa (Rio-Torto, 1998;Rodrigues, 2016a).…”
Section: Introductionunclassified
“…emergir um problema metodológico, a saber, a falta de critérios sincrônicos consistentes para determinar se um nome é primitivo ou derivado em relação ao seu verbo cognato; ou seja, dados pares como martelar/martelo e atrasar/atraso, como determinar qual vocábulo é derivante e qual é derivado, Por essa razão, muitos estudos passaram a empregar critérios diacrônicos (no caso, a data de entrada da palavra na língua) para determinar qual dos dois itens é o primitivo e qual é o derivadocf Rio-Torto (2018). para discussão recente e referências.No bojo dessas considerações, como mencionado na introdução, a adoção de um modelo de morfologia baseado em morfema (e não em palavra), de imediato, tem a vantagem de resolver tanto o problema (metodológico) da direcionalidade da formação, sem recorrer a critérios diacrônicos, quanto o (teórico) da caracterização da forma verbal primitiva, dada a ausência de palavras listadas no léxico, simplesmente porque, dentro do quadro da MD, eles não se colocam.…”
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