“…emergir um problema metodológico, a saber, a falta de critérios sincrônicos consistentes para determinar se um nome é primitivo ou derivado em relação ao seu verbo cognato; ou seja, dados pares como martelar/martelo e atrasar/atraso, como determinar qual vocábulo é derivante e qual é derivado, Por essa razão, muitos estudos passaram a empregar critérios diacrônicos (no caso, a data de entrada da palavra na língua) para determinar qual dos dois itens é o primitivo e qual é o derivadocf Rio-Torto (2018). para discussão recente e referências.No bojo dessas considerações, como mencionado na introdução, a adoção de um modelo de morfologia baseado em morfema (e não em palavra), de imediato, tem a vantagem de resolver tanto o problema (metodológico) da direcionalidade da formação, sem recorrer a critérios diacrônicos, quanto o (teórico) da caracterização da forma verbal primitiva, dada a ausência de palavras listadas no léxico, simplesmente porque, dentro do quadro da MD, eles não se colocam.…”