2018
DOI: 10.1590/1984-6487.sess.2018.30.13.a
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Nem santa, nem puta, apenas mulher: a feminização do HIV/aids e a experiência de soropositividade

Abstract: Resumo Este estudo objetivou problematizar como as dimensões socio-históricas de gênero e os elementos discursivos das sexualidades se correlacionam com as vivências de mulheres soropositivas em relação ao vírus HIV. Trata-se de uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa em que foram entrevistadas, individualmente, dez mulheres soropositivas. O diagnóstico dessas mulheres aponta para a fragilidade da relação conjugal, desvela o mito do amor ideal e enfatiza a relação de desigualdade estabelecida entre os g… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
3
2

Citation Types

0
1
0
15

Year Published

2020
2020
2023
2023

Publication Types

Select...
7

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 10 publications
(21 citation statements)
references
References 7 publications
(4 reference statements)
0
1
0
15
Order By: Relevance
“…Muitos participantes referiram desconhecimento sobre o manuseio do preservativo feminino, além da dificuldade de acesso, e, por isso, preferem usar o preservativo masculino. Pesquisa constata que o preservativo feminino tem baixa adesão devido à falta de informações adequadas e acessibilidade; já a camisinha masculina é mais divulgada e acessível ao público em geral 20 . Considerando o risco de exposição às IST, a utilização do preservativo feminino deve ser estimulada e valorizada.…”
Section: Universitários Homens Comportamento Sexual Com Parcerias Fixas Comportamento Sexual Com Parcerias Casuaisunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Muitos participantes referiram desconhecimento sobre o manuseio do preservativo feminino, além da dificuldade de acesso, e, por isso, preferem usar o preservativo masculino. Pesquisa constata que o preservativo feminino tem baixa adesão devido à falta de informações adequadas e acessibilidade; já a camisinha masculina é mais divulgada e acessível ao público em geral 20 . Considerando o risco de exposição às IST, a utilização do preservativo feminino deve ser estimulada e valorizada.…”
Section: Universitários Homens Comportamento Sexual Com Parcerias Fixas Comportamento Sexual Com Parcerias Casuaisunclassified
“…Jovens casados, ou que vivem em união com outro parceiro, são mais vulneráveis por usarem menos preservativo e buscarem menos informação sobre DST, em comparação aos solteiros 3 . Investigando mulheres soropositivas para o HIV, autores enfatizam que nos relacionamentos estáveis as mulheres parecem não perceber a possibilidade de exposição às IST/HIV/aids, considerando que, no imaginário feminino, a infecção, ainda, é associada à prostituição, promiscuidade e aos relacionamentos extraconjugais 20 .…”
Section: Universitários Homens Comportamento Sexual Com Parcerias Fixas Comportamento Sexual Com Parcerias Casuaisunclassified
“…A vulnerabilidade social do gênero feminino e a resistência em reconhecer esse fato, facilitou o aumento silencioso do HIV/aids nesse grupo social, conforme observado por (19) . Estudos sobre mulheres vivendo com HIV indicam contextos de vulnerabilidade social e violência, o que permite que a infecção se insira em um âmbito de desigualdade de gênero e de exclusão social, bem como a não prioridade das mulheres no cenário da epidemia brasileira faz com que as ações voltadas para este grupo populacional sejam restritas à identificação de gestantes com HIV , com o objetivo da prevenção de transmissão para a criança, limitando, assim, o acesso das não grávidas ao diagnóstico e ao início oportuno do tratamento (19,20,21) .…”
Section: Discussionunclassified
“…Quanto ao grau de escolaridade, na pesquisa de Lourenço et al 13 , realizada com 10 mulheres soropositivas, seis mulheres cursaram apenas até o ensino fundamental, as demais cursaram o ensino médio ou não frequentaram escola. Quadro que também pode ser visto nos resultados de Silva et al 12 , no qual o maior número de mulheres, declararam ter de 5 a 8 anos de estudos [12][13] .…”
Section: Discussionunclassified
“…Quanto ao grau de escolaridade, na pesquisa de Lourenço et al 13 , realizada com 10 mulheres soropositivas, seis mulheres cursaram apenas até o ensino fundamental, as demais cursaram o ensino médio ou não frequentaram escola. Quadro que também pode ser visto nos resultados de Silva et al 12 , no qual o maior número de mulheres, declararam ter de 5 a 8 anos de estudos [12][13] . Assim como neste estudo e nos acima expostos, o grau de escolaridade pode ser sugerido como uma associação positiva com relação à soropositividade, o que pode estar intimamente associado ao acesso à informação quanto ao risco e às formas de prevenção 14 .…”
Section: Discussionunclassified