O campo de atuação do(a) enfermeiro(a) também pode ser a educação básica. Nesse sentido, esse artigo descreve a construção da identidade docente de enfermeiros(as) que atuam como professores(as) no ensino médio da educação profissionalizante, a partir de narrativas autobiográficas. Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, de vertente filosófica hermenêutica, ancorada na abordagem autobiográfica. Assim, aceitaram participar dez colaboradores enfermeiro(as) que exercem atividade em sala de aula, por um período superior a dois anos na instituição. As narrativas envolveram as trajetórias familiares, escolares e profissionais, permitindo conhecer as experiências que os(as) marcaram e os(as) formaram, buscando atingir a profissionalidade que buscavam. Conclui-se que a formação identitária está indissociavelmente atrelada à produção de sentidos das vivências pessoais e profissionais e que esse rito de passagem, de um lugar a outro, requer aprendizagem dos novos modos do fazer profissional.