2010
DOI: 10.1590/s1415-47142010000300005
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Narrativa de pacientes psicóticos: notas para um suporte metodológico de pesquisa

Abstract: Este artigo discute algumas concepções de narrativa e seu uso como aporte metodológico para pesquisas qualitativas junto a pacientes psicóticos, ilustrando a proposta por meio de trechos da narrativa de entrevista realizada junto a uma paciente psicótica. Aponta-se o entendimento do trabalho narrativo como uma possibilidade de mediação entre o vivido e a linguagem socialmente estabelecida, destacando sua potencialidade em restituir aos sujeitos a autoria de discursos que os envolvem.

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“…It is visible in the work of speeches that patients assimilate these rules and disciplines learned at the hospital and in his speech they appear in an automatically and submissive way, the work of discipline of bodies and minds of patients in order to make them docile and useful individuals to society (2) . Thus, invasive practices and guardianship difficult for the subject to take ownership of their experiences and life choices (6) .…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…It is visible in the work of speeches that patients assimilate these rules and disciplines learned at the hospital and in his speech they appear in an automatically and submissive way, the work of discipline of bodies and minds of patients in order to make them docile and useful individuals to society (2) . Thus, invasive practices and guardianship difficult for the subject to take ownership of their experiences and life choices (6) .…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Trabalhos realizados de maneira empática apresentam melhores resultados em ambientes de cuidados em saúde mental, diminuindo o desconforto e preocupação, e aumentando a percepção de melhora e suporte social por parte dos próprios doentes e usuários dos sistemas de saúde (Santamaría-García et al, 2017). Desse modo, surgem novas falas, linguagens, verbos e comportamentos que antes não havia, o que faz emergir uma superação do tratamento sobre o sintoma (Miranda & Campos, 2010), e da narrativa de sujeitos acostumados a serem coadjuvantes de suas próprias vidas começando a batalhar pelo papel principal, e, algumas vezes, sorrindo ao perceberem que conseguiram. Quando os doentes mentais têm a possibilidade de realizar pequenos passeios, atividades de jardinagem e culinária, a prática de esportes, artes e serviços manuais, se permitem explorar uma subjetividade escondida ou uma "fala emudecida" (Mielke et al, 2012).…”
Section: Métodosunclassified
“…Com base nessas premissas e de acordo com Miranda e Campos (2010) (58) considera-se que é a partir das narrativas que as experiências podem ser acessadas, já que nelas é manifestado o que é compartilhado socialmente de tal experiência, mas sem perder suas singularidades.…”
Section: Procedimentos Metodológicosunclassified