“…Trabalhos realizados de maneira empática apresentam melhores resultados em ambientes de cuidados em saúde mental, diminuindo o desconforto e preocupação, e aumentando a percepção de melhora e suporte social por parte dos próprios doentes e usuários dos sistemas de saúde (Santamaría-García et al, 2017). Desse modo, surgem novas falas, linguagens, verbos e comportamentos que antes não havia, o que faz emergir uma superação do tratamento sobre o sintoma (Miranda & Campos, 2010), e da narrativa de sujeitos acostumados a serem coadjuvantes de suas próprias vidas começando a batalhar pelo papel principal, e, algumas vezes, sorrindo ao perceberem que conseguiram. Quando os doentes mentais têm a possibilidade de realizar pequenos passeios, atividades de jardinagem e culinária, a prática de esportes, artes e serviços manuais, se permitem explorar uma subjetividade escondida ou uma "fala emudecida" (Mielke et al, 2012).…”