Internação psiquiátrica: significados para usuários de um centro de atenção psicossocial

Abstract

Objective: To understand the meanings of psychiatric hospitalization for the patients of a Psychosocial Care Center. Methodology: Qualitative research with phenomenological approach. The scenario was a Psychosocial Care Center in the south of Brazil, from January to March 2010. 10 patients were interviewed with the guiding question: Tell me how it was for you to be admitted to a psychiatric inpatient unit. Were used hermeneutics analysis and Foucault's thinking. Results: Two themes were revealed: perception of hospitalization in a psychiatric unit: hospital as the place of mental patient, feelings and relations with others; perception of the healthcare team: work routine and conduct of the healthcare team. Conclusion: With the phenomenon unveiled, it was possible to realize that psychiatric hospitalization is experienced by ambiguity.

Percepção sobre a alta hospitalar de pessoas internadas em unidade de atenção psicossocial

“…A percepção da alta atrelada à sensação de liberdade hospitalar ainda "aprisiona" para estabilizar. A internação, apesar das mudanças no tratamento advindas da Reforma Psiquiátrica, sinaliza que o tratamento utiliza regras de funcionamento e convívio limitadoras, ainda exige que a pessoa se adapte a um local para sua reabilitação psicossocial, o que pode suscitar sentimentos de aprisionamento na pessoa em tratamento (12) . Por isso, ao sair do hospital, a pessoa vivencia um sentimento de liberdade, de poder voltar a realizar atividades de acordo com seus desejos.…”

Percepções Do Ser Humano Internado Em Unidade Psiquiátrica Sobre O Viver Com Doença Mental

“…[28][29] By virtue of this, it is not the place that attaches the human being to their disease, but the asylum model that persists in the human mentality. 30…”

“…These are the justifications that usually paralyze them in the face of the actual desires. [21][22]30 Thus the greatest act of freedom provides for the listening to the actual desires of the human being in a given situation.…”

papel do CAPS I na vida de seus usuários

“…Estudo realizado em Salvador, Bahia, apontou predomínio de internações psiquiátricas por hospitais especializados; em 2017, a internação de pessoas do sexo masculino foi maior e havia uma prevalência de transtornos por uso de substâncias psicoativas, envolvendo cidadãos na faixa etária entre 30 a 34 anos (Santos, Sena & Aguiar, 2017). Relativamente às vivências das pessoas que já foram internadas e o que pensam sobre essa forma de tratamento, Ely et al (2014), em pesquisa realizada com usuárias de um CAPS II do Estado do Rio Grande do Sul, concluíram que a internação psiquiátrica era marcada pela ambiguidade: compreendida como um recurso terapêutico, mas também significada como segregação social e punição a um comportamento (Ely et al, 2014).…”